Economia
Investidores podem trocar suas aplicações
Quando os fundos conservadores têm um pouco mais de risco, os rendimentos costumam ser maiores
O investidor que não estiver satisfeito com a rentabilidade de seu plano de previdência pode buscar alternativas na própria seguradora ou na concorrência. As regras permitem a troca de plano - a chamada portabilidade - inclusive de um conservador para outro mais arriscado, de acordo com o perfil do cliente. Só não é possível trocar um PGBL por um VGBL e mudar a tabela do Imposto de Renda escolhida (progressiva ou regressiva). Quando os fundos conservadores têm um pouco mais de risco, os rendimentos costumam ser maiores.
Segundo o levantamento realizado pela XP Investimentos, todos os 37 fundos conservadores analisados que têm na carteira títulos privados ou atrelados à inflação ¬que são mais arriscados que os títulos públicos pós-fixados¬ renderam mais que o CDI nos últimos 12 meses.
Além disso, 83% dos mais arriscados conseguiram bater o indicador. "Se tirar um retrato da indústria, 92% dos planos estão em renda fixa. É um contrassenso ter um dinheiro de longo prazo alocado em CDI", diz o planejador financeiro Paulo André Barqueiro.
"Quando o investidor é mais jovem, ter uma exposição maior a risco pode significar alcançar a meta financeira mais rapidamente", afirma Barqueiro.
Portabilidade
É mais fácil efetuar a troca na mesma seguradora. A dica é comparar produtos com perfis parecidos para checar se o que compromete o ganho é taxa de administração, má gestão, outros custos ou combinação dos fatores. A análise deve considerar um histórico mais alongado, de dois a três anos. A mudança para outra seguradora exige que se peça, na instituição de origem, um extrato contendo, entre outras informações, o número do plano e nome da empresa.
A nova seguradora é quem faz o trâmite, que é gratuito e leva cinco dias úteis. A empresa de origem é obrigada a aceitar a mudança, mas pode fazer uma contraproposta para tentar manter o cliente em sua carteira.
Juros
Até julho, o volume de dinheiro portado entre instituições cresceu 9,5% em relação aos sete primeiros meses de 2015, para R$ 5,99 bilhões. Apesar do aumento, houve uma desaceleração no ritmo em relação a anos anteriores.
Claudio Sanches, da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), entidade que representa seguradoras e entidades abertas de previdência complementar, atribui à subida dos juros pelo Banco Central, em 2013 e 2014, a alta no volume de portabilidade no período. A mudança fez com que planos com títulos prefixados e pós-fixados atrelados à inflação sofressem com a diferença entre as novas taxas e aquelas nas quais os papéis foram emitidos.
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