Agronegócio

IPA inicia força-tarefa para controle de praga

Instituto busca divulgar ações para combate à mosca-de-estábulo, que atacam equinos e bovinos no Agreste pernambucano

Produção de bovinosProdução de bovinos - Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

Com o objetivo de evitar o surto de moscas-de-estábulo, no Agreste, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) montou uma força tarefa emergencial para auxiliar os produtores rurais do Estado. O órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) traçou estratégias para combater a praga que vem atacando equinos e bovinos nos municípios de Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim, Sairé e Gravatá.

A ideia é controlar a infestação que pode representar um grande perigo para a criação dos animais.  Uma picada pode transmitir diversas doenças, além de causar feridas e extremo incômodo ao animal.

Segundo o gerente do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do IPA, Maviael Fonseca, o trabalho consiste em campanhas de conscientização para que o produtor rural esteja atento.

“Estamos trabalhando na produção de uma cartilha, que deve ser distribuída nos próximos dias. Esse material vai trazer informações importantes sobre o manejo e adoção de boas práticas para evitar a praga. A ideia é que esse material seja bem prático e com linguagem direta, para que a informação seja captada de forma fácil”, destaca Fonseca.

Simultaneamente, outras ações também estão sendo desenvolvidas. Entre elas está o mapeamento de propriedades atingidas e envio de técnicos para orientações presenciais aos produtores, além da mobilização da população por meio de divulgação em carro de som, em parceria com as prefeituras, contendo informações de conscientização e boas práticas.

“Estamos elaborando uma nota técnica sobre o manejo do inhame e vamos proceder com a difusão desse material para agricultores dos municípios afetados”, destaca Anísio Júnior, supervisor da regional do IPA em Caruaru.

O produtor rural Ricardo Kuhni, considera importante a realização de ações rápidas contra o inseto. “Precisamos que essas ações sejam aplicadas o mais rápido possível. Existem muitos agricultores que estão manejando a terra de forma errada por falta de conhecimento e isso contribui fortemente para o aumento das mortes dos animais no campo”, explica.  
 
Medidas devem ser adotadas
Entre as medidas mais válidas para combater o inseto, está a higiene, com a remoção de resíduos alimentares dos cochos, currais e estábulos. Restos de culturas, plantas daninhas, gramas cortadas, entre outros, não devem ser acumulados em pilhas, pois a fermentação transforma-os em importantes focos de criação.

De acordo com o IPA, quando a higiene não for o suficiente, será preciso utilizar o uso de inseticidas químicos registrados para o inseto como medida paliativa, aplicando-os nos locais onde as moscas pousam. Além disso, outra ferramenta que pode ser utilizada é a utilização de um larvicida seletivo, como a ciromazina pulverizada nos focos de criação (onde forem encontradas as larvas).

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