Energia solar

Mais crédito para instalar painel solar

A oferta de linhas de financiamento para aquisição do equipamento anima o setor, que espera crescer 300%

Filme "Desculpe o Transtorno"Filme "Desculpe o Transtorno" - Foto: Divulgação

A facilidade de conseguir linha de crédito para financiamento de painéis solares, aliada à retomada do otimismo no cenário econômico brasileiro, tem sido um pilar importante para o crescimento do mercado de energia fotovoltaica no País. Dados do Portal Solar revelam que o segmento demonstra perspectiva de crescimento de 300% em 2016, com tendência de movimentar R$ 100 bilhões até 2030. De olho nesse recente filão, os bancos brasileiros já se debruçam sobre o novo público e acreditam que as sucessivas altas na conta de energia elétrica servirão de empurrão para o investimento virar tendência.

O superintendente do Santander Financiamentos, Newton Ferrer, disse que, apesar de a demanda ter crescido, ter um painel solar ainda não faz parte do sonho de consumo dos clientes. “Na maioria das vezes, o desejo do consumidor está associado a um carro ou a um imóvel. E como não há esse apelo, o fornecimento de crédito é fundamental para estreitar os caminhos”, comentou. Mais do que isso. O custo de energia deve aumentar 6% nos próximos três anos e, conforme destacou Ferrer, é possível que as pessoas estejam mais dispostas a investir para ter uma conta de energia mais eficiente.

Isso deve impulsionar a atuação do Santander no mercado de energia solar. “A demanda tem crescido substancialmente este ano. Podemos falar em algo próximo a 200%”, frisou. O crédito está disponível tanto para pessoa jurídica quanto para pessoa física. “As condições são de até 60 meses para pagar, com taxa de juros que variam entre 1,89% a 2,30% por mês”, detalhou. A sacada do banco para atrair esse público está na oferta de linhas nas mais de 180 lojas parceiras. “Ou seja, além da própria instituição financeira oferecer o financiamento, estaremos dentro do mercado, perto do consumidor final”, ressaltou. Em Pernambuco, o futuro investidor pode procurar as fornecedoras Engesol Renováveis - parceria do Santander-, GlobalSun, Insole e Paci Engenharia.

Já para o Banco do Nordeste, a maior estratégia é estar dentro de uma das matrizes energéticas mais importante do País. A Região Nordeste tem alta incidência de luz solar e concentra projetos importantes no segmento. A exemplo de Pernambuco, que tem o maior parque híbrido (solar e eólico) do Brasil, em Tacaratu, no Sertão de Itaparica. Lá, são gerados 340 Gigawatts (GWh) por ano, equivalente ao consumo de 40 mil famílias brasileiras.

Por meio do Programa de Financiamento à micro e à minigeração distribuída de energia elétrica (FNE SOL), o Banco do Nordeste financiou R$ 437 mil de maio para cá e R$ 21,7 milhões estão em andamento para o Estado. “Apesar de ainda não serem expressivos, os valores devem crescer até o fim do ano e alavancar ainda mais a matriz local. Principalmente porque o banco tem ainda uma disponibilidade de R$ 2 bilhões para financiamentos”, explicou a gerente de negócios da instituição, Russana Bezerra de Melo.

Mesmo sem ter uma linha específica para o segmento, o gerente de mercado de pessoa jurídica do Banco do Brasil (BB), Luiz Fernando Jurioli, disse que existe procura e que há crédito para projetos eólicos robustos a partir do BNDES Automático, cujos valores de financiamento sejam inferiores ou iguais a R$ 20 milhões. Esse valor também representa o máximo que cada cliente pode financiar a cada período de 12 meses. Para os projetos de pequeno porte, Jurioli afirmou ter a Proger Urbano Empresarial.

“Para um projeto cuja aplicação é de R$ 150 mil, o cliente pode financiar com prazo de 72 meses e com carência de 12 meses, a uma taxa de juros 14% ao ano. Ou seja, ficariam parcelas de R$ 3,4 mil a serem pagas nos próximos 60 meses”, exemplificou o gerente do BB.

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