Margem Equatorial: presidente da Petrobras diz que já atendeu a todas as demandas do Ibama
No centro da discussão está a licença para que a Petrobras perfure o primeiro poço de exploração na Bacia da Foz do Amazonas
Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometer com o novo presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), a aprovar a licença para perfurar o primeiro poço de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que todas as demandas apresentadas pelo Ibama foram entregues em novembro.
Leia também
• Margem Equatorial: presidente da Petrobras diz que já atendeu a todas as demandas do Ibama
• Lula cobrou Marina por liberação da exploração da Margem antes de conversa com Alcolumbre
— Estamos em um processo de licenciamento com o Ibama. Estamos construindo um centro de reabilitação da fauna, conforme demandado, no Oiapoque. Ficará pronto em março. Entendemos que atendemos todas as demandas do Ibama. Todo o conjunto de demandas e explicações está no relatório. Estamos aguardando a avaliação do Ibama sobre o material que entregamos — disse Magda, que participou na manhã desta terça-feira do evento Fórum Brasil de Energia, na Firjan, no Centro do Rio.
Encontro pedido por Lula
O futuro da Margem Equatorial ganhou um novo capítulo na semana passada.
Na última quarta-feira, Petrobras e Ibama se reuniram em Brasília a pedido de Lula.
O objetivo do encontro foi munir o governo com informações para compreender os argumentos de ambos os lados, de forma a decidir o futuro da exploração na Margem Equatorial, região que se estende do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte.
No centro da discussão está a licença para que a Petrobras perfure o primeiro poço de exploração na Bacia da Foz do Amazonas.
O poço está a 2.800 metros de profundidade e a 200 quilômetros da costa do Amapá.
Em novembro, os técnicos do Ibama emitiram um parecer desfavorável à perfuração de um poço na região e solicitaram mais esclarecimentos à estatal.
A companhia respondeu e se comprometeu a fazer investimentos adicionais, como a construção de um centro de reabilitação da fauna.
O encontro da última quarta-feira foi solicitado por Lula na segunda-feira anterior, durante uma reunião entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, segundo fontes.
Segundo essa fonte, a demora na solução definitiva tem incomodado parte do governo.
“A ideia é refletir sobre os posicionamentos da Petrobras e do Ibama para se bater o martelo. É preciso entender até onde vai a opinião técnica e até que ponto esse técnico está buscando espaço em uma política pública, que é atribuição do Ministério de Minas e Energia”, afirma a fonte.