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Coluna Movimento Econômico

Biocombustíveis avançam como opção estratégica para usinas termelétricas

A participação de termelétricas a biocombustíveis no Leilão de Reserva de Capacidade é novidade

Usina Termelétrica (UTE) Porto de Sergipe 1 EnevaUsina Termelétrica (UTE) Porto de Sergipe 1 Eneva - Foto: Eneva/Divulgação

Em meio à expectativa pelo próximo Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), uma nova alternativa energética ganha força no planejamento do setor elétrico brasileiro: as usinas termelétricas movidas a biocombustíveis. A proposta é analisada em artigo recente do diretor da Acrópolis Energia, Reive Barros, publicado no CanalEnergia, que defende o uso estratégico de biodiesel e etanol como fontes limpas, renováveis e viáveis economicamente.

Segundo Barros, a participação de termelétricas a biocombustíveis no LRCAP é uma inovação importante promovida pelo Ministério de Minas e Energia (MME), alinhada à transição energética e à meta de redução de emissões. Ele destaca que o Brasil possui capacidade instalada para suprir essa nova demanda: só em 2024, o país produziu 9,1 bilhões de m³ de biodiesel e dispõe de uma estrutura logística robusta para etanol.

Um exemplo prático dessa transição é o projeto-piloto da Wärtsilä, que testa motores a etanol na Usina Termelétrica Suape II, em Pernambuco. A iniciativa visa substituir o uso de combustíveis fósseis por etanol, com emissões de CO estimadas entre 10 e 40 kg/MWh — muito abaixo dos 400 a 500 kg/MWh do gás natural.

Barros propõe duas alternativas para o desenho do leilão: a primeira, com um único produto termelétrico, em que todas as tecnologias (biocombustíveis e gás natural) competem juntas; e a segunda, com produtos separados por tipo de combustível. A primeira opção, segundo ele, estimula competição e reduz custos, mas exige cuidados para evitar distorções. Já a segunda garante previsibilidade regulatória e segurança jurídica, mas pode gerar alocação ineficiente da demanda.

De acordo com Reive Barros essa é uma oportunidade concreta para o país ampliar a segurança energética com fontes renováveis, sem necessidade de subsídios e aproveitando infraestrutura já existente.

A proposta reforça o papel estratégico dos biocombustíveis no cenário energético brasileiro e pode representar um marco na diversificação da matriz elétrica nacional, tornando-a mais limpa, eficiente e resiliente. O desafio agora está nas mãos do MME e da modelagem do LRCAP, cuja execução está prevista ainda para 2025.

Vagas
A Amarante, que administra os resorts Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort, no litoral de Alagoas, abriu novamente mais de 400 vagas paras cursos profissionalizantes gratuitos, através do Programa Amarante de Formação. A iniciativa, com o objetivo de impactar positivamente as comunidades próximas dos seus empreendimentos, mais precisamente Maragogi, Maceió e Japaratinga, é voltada para maiores de 18 anos e que desejam aprender técnicas em áreas como Auxiliar de Cozinha, Atendente de Alimentos e Bebidas (Garçom), Confeitaria, Camareira, Padeiro/Pizzaiolo e ainda Recreação e Tecnologia.

Agricultura empresarial 
O Banco do Nordeste (BNB) anunciou a destinação de R$ 11,7 bilhões para a agricultura empresarial no âmbito do Plano Safra 2025/2026, valor 17% superior ao do ciclo anterior. O montante será voltado a produtores de todos os portes, exceto agricultores familiares, que terão outros R$ 10,2 bilhões em crédito. Ao todo, o banco prevê R$ 21,9 bilhões em crédito rural em sua área de atuação, que inclui os nove estados do Nordeste e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
 

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