Mulheres têm voz ativa no consumo de imóveis
No mercado de vinhos, elas também estão dando a direção
Hoje, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a coluna não poderia trazer outro tema senão o poder de influência que as mulheres têm sobre diversos setores da sociedade. E destaco aqui estudos que mostram a ascendência feminina em ao menos dois segmentos econômicos.
Começo pelo mercado imobiliário. Estudos recentes reforçam que as mulheres têm um papel cada vez mais decisivo na escolha e compra de imóveis, seja para uso próprio, da família ou como investimento.
De acordo com a pesquisa conduzida pela Brain Inteligência Estratégica, as mulheres vivenciam emoções positivas, como entusiasmo e felicidade, em um percentual de 10% a 20% maior do que os homens durante o processo de compra de imóveis.
Esse envolvimento emocional, aliado ao crescente empoderamento feminino e à independência financeira, tem ampliado a influência das mulheres na escolha da moradia ideal para suas famílias.
Já o estudo da Behup revelou que 21% das mulheres entrevistadas tomaram a decisão de compra do imóvel sem consultar seus parceiros(as), enquanto apenas 12,4% dos homens fizeram o mesmo. Além disso, 15% das mulheres declararam ter sido as únicas responsáveis pela escolha do imóvel, sem qualquer contribuição do(a) companheiro(a), percentual que cai para 6,8% entre os homens. Por outro lado, a opinião do parceiro(a) foi considerada relevante por 49,6% das mulheres, enquanto para os homens esse índice foi maior, atingindo 62,1%.
Mercado de vinhos
Outro mercado que destaco é o de vinhos. Ao menos no Brasil, ele está sendo transformado pelo crescente protagonismo feminino. Não duvido que no resto do mundo também, mas me detenho no mercado interno porque me chegou às mãos pesquisa que comprova o fenômeno. Segundo o relatório IWSR Brazil Wine Landscapes 2025, em 2024 as mulheres representaram 53% do mercado consumidor de vinhos no país, um aumento de 6% em relação a 2019. Esse crescimento não apenas reflete um aumento no consumo total, mas também uma mudança nas faixas etárias das consumidoras. Além disso, houve um aumento significativo na demanda por vinhos brancos (20%) e rosés (8%). Em 2020, 70% dos consumidores brasileiros preferiam vinhos tintos, mas em 2024 essa proporção caiu para 61%.
Protagonismo
A maioria das mulheres que consomem vinho ainda tem entre 25 e 44 anos, mas o destaque fica por conta da participação feminina na faixa etária de 55 a 64 anos, que passou de 14% em 2019 para 19% em 2024. Isso marca uma transformação no perfil das consumidoras brasileiras, que deixaram de ser vistas como consumidoras ocasionais para se tornarem protagonistas do mercado.
Finacap
A busca por melhores oportunidades faz com que muitos profissionais deixem suas cidades natais para trabalhar nos grandes centros financeiros do país, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo. Para reverter esse movimento, a gestora pernambucana Finacap Investimentos criou o programa "Summer Job", que oferece a universitários a oportunidade de aprender sobre o setor e desenvolver projetos práticos. Felipe Moura e Bruno Cisneiros fizeram parte do programa e hoje são sócios da empresa.
BR-101
O Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) de fevereiro revelou que a BR-101 manteve os maiores preços médios para gasolina, etanol e diesel entre as principais rodovias brasileiras. Na BR-101, o diesel comum custava R$ 6,42 (+1,90%) e o S-10 R$ 6,55 (+2,66%), enquanto a gasolina era vendida a R$ 6,55 (+2,66%) e o etanol a R$ 4,91 (+3,59%). A Fernão Dias apresentou o diesel mais barato, a Presidente Dutra a gasolina mais em conta, e a Régis Bittencourt o etanol mais acessível. O IPTL é baseado em dados de 21 mil postos credenciados, gerenciando 1 milhão de veículos.
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