Não faz sentido falar em privatização agora, diz chefe da Petrobras
afirmação foi feita em resposta a questionamento da imprensa sobre declaração do governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta (7) que não faz sentido em falar em privatização da Petrobras neste momento. A afirmação foi feita em resposta a questionamento da imprensa sobre declaração do governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre uma possível privatização da estatal.
"Entendo que não é uma discussão que faça sentido neste momento da Petrobras", afirmou Parente, em encontro com a imprensa no Rio. Ele alega que a empresa está passando por um processo de reestruturação financeira, que poderia ser prejudicado pelo debate sobre a privatização. "Do ponto de vista da Petrobras, qualquer discussão sobre privatização teria efeito perturbador nesse processo", completou.
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Parente lembrou ainda que pesquisas apontam resistência da população à proposta de privatização da petroleira. A sociedade brasileira não deseja a privatização da Petrobras. Alckmin disse que há setores da Petrobras que podem ser vendidos e que, eventualmente, a empresa poderia ser privatizada no futuro.
No encontro com a imprensa, Parente manteve a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018, com o objetivo de ajustar a dívida da estatal, processo que pressupõe a saída de setores considerados não essenciais, como biocombustíveis e fertilizantes.
O executivo que o valor pode ser até ampliado em US$ 5 bilhões, dependendo da cotação internacional do petróleo, mas que com o barril no patamar atual, em torno dos US$ 70, isso não seria necessário.
A companhia tem um portfólio de US$ 40 bilhões em ativos que podem ser vendidos, dependendo do cenário econômico. O objetivo é reduzir a relação entre dívida e geração de caixa medida pelo Ebitda para 2,5 vezes até o fim do ano -no terceiro trimestre de 2017, estava em 3,23 vezes.