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BRASIL

Número de domicílios sem rádio ultrapassa o de lares com o aparelho pela primeira vez

Em 2024, 41,2 milhões de famílias ou 51,5% do total não tinham dispositivo em casa

Número de domicílios sem rádio ultrapassa o de lares com o aparelho Número de domicílios sem rádio ultrapassa o de lares com o aparelho  - Foto: Tamyres Lenes/Pexels

Enquanto o celular aparece cada vez mais presente nas casas brasileiras, o número de domicílios que possuem rádio está caindo. Em 2024, 41,2 milhões de famílias não tinham dispositivo em casa, o equivalente a 51,5% do total. Essa é a primeira vez que o número supera o de lares que possuem o aparelho.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de Tecnologia da Informação e Comunicação, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.

Em apenas um ano, 2,3 milhões de domicílios deixaram de ter rádios. Embora a pesquisa do IBGE não contemple os motivos da queda, ela pode ser associada a uma possível substituição do uso do aparelho por plataformas de streaming de música, que podem ser acessadas por celulares, TVs e notebooks, além do consumo de notícias a partir da internet.

Mas não é só o rádio que vem aparecendo menos nos lares de famílias brasileiras: os domicílios com televisão também estão diminuindo. Embora a maioria da população ainda possua TVs em casa, o percentual caiu de 94,3% em 2023 para 93,9% em 2024, alcançando 75,2 milhões de pessoas. E não para por aí, já que os domicílios com computadores também tiveram quedas.

O único aparelho que continua crescendo é o telefone móvel celular, que já alcança 97% dos domicílios, como mostra a pesquisa. Por outro lado, seu antecessor, o telefone fixo convencional, só foi utilizado em 7,5% das casas brasileiras em 2024.

TV por assinatura diminui e streaming cresc
O percentual de domicílios com televisão que tinham acesso a serviço de TV por assinatura caiu para 24,3% em 2024, chegando ao menor valor da série. Se em 2016, o principal motivo para não contratar o serviço era ser caro, agora a maior parte dos lares disse não ter interesse pelo serviço.

Segundo o IBGE, um dos motivos pode ser a utilização de outros meios para o lazer, como o streaming de vídeos e filmes.

Enquanto o número de lares sem recepção de canal aberto ou fechado vem aumentando nos últimos anos, o streaming só cresce: em 2024, 43,4% dos domicílios do país com televisão tinham acesso ao serviço pago de streaming — no ano anterior eram 42%.

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