Dom, 07 de Dezembro

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Pedido de 100 jatos da AirAsia acirra disputa Airbus-Embraer

Para a empresa brasileira, uma vitória nesta competição expandiria sua presença na Ásia e marcaria um de seus maiores pedidos até agora de uma única companhia aérea

Embraer - mnegociações com os fabricantes estão chegando à reta finalEmbraer - mnegociações com os fabricantes estão chegando à reta final - Foto: ASUYOSHI CHIBA / AFP

A companhia aérea de baixo custo AirAsia está prestes a encomendar cerca de 100 jatos regionais no Paris Air Show na próxima semana. A companhia aérea da Malásia ainda está indecisa entre o Airbus SE A220 ou o E2 da Embraer, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

As negociações com os fabricantes estão chegando à reta final, disseram as fontes, que pediram anonimato. Financiamento atrativo é um requisito fundamental para a AirAsia e pode influenciar a decisão final, segundo as fontes.

A companhia aérea de baixo custo, administrada pelo empresário malaio Tony Fernandes, está se recuperando após ter reduzido as operações e reestruturado suas finanças durante a pandemia de Covid-19. Fernandes, de 61 anos, planeja viajar a Paris para divulgar um acordo, disseram as fontes.

Procurados pela reportagem, representantes da AirAsia, da Airbus e da Embraer não comentaram. A Reuters noticiou anteriormente que a Airbus estava em negociações avançadas sobre um acordo com a AirAsia para pelo menos 100 jatos A220.

Até o momento, a Airbus forneceu todos os jatos da AirAsia, dando à fabricante europeia uma vantagem na competição.

A companhia aérea conta com uma frota de 240 aeronaves, em sua maioria de corredor único, e uma carteira de mais de 350 pedidos pendentes para a família de jatos A320, a mais vendida.

Um pedido de três dígitos para o menor jato comercial da Airbus seria um grande impulso para o programa A220, que tem sido assolado por vendas lentas e problemas na cadeia de suprimentos que têm impedido a produção. O A220 é produzido nas fábricas de Mirabel, no Canadá, e Mobile, no Alabama (EUA).

O A220 não garantiu nenhum compromisso de pedidos novos para 2025 e gerenciou 17 pedidos brutos no ano passado, o que levou à redução da carteira de pedidos após a inclusão dos cancelamentos.

A série de aviões de corredor único tinha 486 pedidos a serem atendidos no fim de maio, em comparação com mais de 7.000 da família maior do A320.

Para a Embraer, uma vitória nesta competição expandiria sua presença na Ásia e marcaria um de seus maiores pedidos até agora de uma única companhia aérea.

A fabricante brasileira fechou acordos importantes com a Scoot, companhia aérea de baixo custo da Singapore Airlines, bem como com a Virgin Australia e a japonesa ANA Holdings.

A Embraer contabiliza 334 pedidos firmes para seu jato E2, com cerca de 175 pendentes. A fabricante de aviões tem destacado sua capacidade de entregar jatos muito antes da Airbus ou da Boeing como parte de sua proposta de vendas.

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