GÁS DE COZINHA

Petrobras anuncia programa social para compra de gás de cozinha para famílias de baixa renda

Fila de pessoas à procura de botijões de gás de cozinha, na Rua Imperial, no bairro de AfogadosFila de pessoas à procura de botijões de gás de cozinha, na Rua Imperial, no bairro de Afogados - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

A Petrobras informou nesta quarta-feira (29) que irá investir R$ 300 milhões em um programa social para garantir a compra de gás de cozinha por famílias em situação de vulnerabilidade social.

Segundo a estatal, o programa ainda está em fase de estudos e deve contribuir com o acesso a insumos essenciais, com foco no gás.

"A iniciativa tem como objetivo ampliar a atuação social com maior alinhamento ao praticado por outros players de mercado e se justifica pelos efeitos da situação excepcional e de emergência decorrentes da pandemia da Covid-19", informou.

"A pandemia e todas as suas consequências trouxeram mais dificuldades para as pessoas em situação de pobreza. Tal fato alerta a Petrobras para que reforce seu papel social, contribuindo ainda mais com a sociedade", afirmou na nota o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna.
 

A petroleira vem sendo pressionada por causa dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, cujo botijão já se aproxima dos R$ 100 em algumas localidades.

Apenas em 2021, no Brasil, o preço médio do botijão de 13 quilos subiu 30%. No ano, a Petrobras aumentou seu preço de refinaria em 38%, acompanhando a recuperação do petróleo e a desvalorização cambial.

O cenário vem levando famílias de baixa renda a optar por lenha ou carvão para cozinhar, o que gerou no Congresso um esforço para aprovar um subsídio para a compra do combustível.

A escalada da cotação internacional do propano, matéria-prima para o gás de cozinha, joga ainda mais pressão sobre os preços.

Impulsionada pela demanda chinesa por matérias-primas petroquímicas, a cotação do propano na região do Golfo do México, nos Estados Unidos, subiu quase 15% em um mês. Em 2021, o valor do produto tem alta acumulada de 96%.

A Petrobras não reajusta o preço do gás de cozinha desde o início de julho, quando promoveu aumento de 6%, e vem operando abaixo da paridade de importação calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) há três semanas consecutivas.

Nesta quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o auxílio Gás Social, com valor de, no mínimo, 50% da média do preço nacional do botijão, com objetivo de subsidiar famílias de baixa renda.

O texto foi aprovado em votação simbólica e, agora, segue para o Senado.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o preço do gás de cozinha poderá cair pela metade "se Deus quiser". Ele voltou a defender a redução de impostos vinculados ao produto como saída para a queda nos valores.

Bolsonaro afirmou que o preço do botijão de gás poderia cair pela metade se os impostos fossem zerados. "Com a venda direta, ele vai cair a metade do preço. Não justifica na origem custar R$ 50 e na ponta da linha custar R$ 130. Esse preço vai cair pela metade, pode ter certeza, se Deus quiser."

A afirmação foi feita durante visita a Boa Vista, em Roraima. A agenda fez parte da comemoração de mil dias do governo Bolsonaro.

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