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Petrobras começou a perfurar a Bacia da Foz do Amazonas no mesmo dia em que o Ibama concedeu licença

Segundo Sylvia dos Anjos, "parecia Copa do Mundo". Broca tocou no fundo do mar no último dia 20

Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileiraFoz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira - Foto: Reprodução / Google maps

Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração da Petrobras, exibiu o momento em que a broca começou a perfurar o primeiro poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas. Ela participou de um painel na Offshore Technology Conference (OTC), maior feira de petróleo e gás da América Latina, na tarde desta quarta-feira.

— Essa imagem é da broca esperando a licença. Todo mundo estava esperando (na Petrobras). No dia em que a licença saiu, a sala que acompanha a atividade lotou. E quando a broca enroscou no fundo, foi uma festa. Parecia que a gente tinha ganhado a Copa do Mundo. Olha o momento — disse Sylvia, apontando para o vídeo durante sua palestra, que teve lotação máxima.

A licença do Ibama foi concedida no último dia 20 de outubro. Em sua apresentação, ela destacou que a perfuração começou ainda no dia 20, às 17h52. Em evento recente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, havia dito que a broca estava apontada para o poço, apenas aguardando o aval do Ibama.

Ela aproveitou para dar mais detalhes sobre o primeiro poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas. Destacou que o poço tem uma profundidade total de 7.081 metros, dos quais 2.880 correspondem à profundidade da água. Segundo Sylvia, o tipo de rocha do reservatório é semelhante ao da Bacia de Campos.

— Vamos perfurar esse poço por cinco meses. É essencial ter novas fronteiras. A Margem é a nossa grande fronteira. São cinco bacias. Vemos uma esperança muito grande na região — afirmou Sylvia.

A diretora informou que a Petrobras possui, na Margem Equatorial — composta por cinco bacias —, um total de 30 blocos. Somente na Bacia da Foz do Amazonas, o plano atual da estatal prevê oito poços exploratórios distribuídos em seis blocos.

— São oito poços nessa área, em seis blocos. Só depois disso a gente consegue avaliar o potencial exploratório. A gente tem o recurso, a vontade e o bloco. Acredito que, após essa avaliação feita pelo Ibama e pelo Ministério do Meio Ambiente, ela se adeque a outras áreas ao redor. Todas as empresas têm blocos lá. Estávamos esperando destravar essa licença. No último leilão, levamos mais blocos — dez ao todo com a Exxon. Há um potencial muito grande no Amapá — disse Sylvia.

Segundo Sylvia, o foco da empresa na Margem Equatorial é a Bacia da Foz do Amazonas. Hoje, a companhia tem dois poços perfurados na Bacia Potiguar, também na Margem Equatorial, que ainda dependem de mais atividades sísmicas para comprovar o potencial da região.

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