Petróleo sobe a seus níveis mais altos em dois meses
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 2,54%, para 78,47 dólares
Os preços do petróleo atingiram, nesta sexta-feira (7), seu nível mais alto em dois meses, após a leve desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos dissipar os temores de que o banco central (Fed) aumenta as taxas a ponto de estagnar a economia.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 2,54%, para 78,47 dólares, enquanto o seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em agosto, aumentou 2,86%, aos 73, 86 dólares.
A criação de empregos manteve-se sólida, mas cresceu menos do que o esperado, alcançando os 209 mil postos de trabalho em junho.
“Isso sugere que o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed, banco central) pode não manter as altas taxas de juros durante o tempo esperado, o que alivia o impacto que isso pode ter na demanda de energia”, relatou Andy Lipow, da Lipow Associados de Petróleo.
O mercado de petróleo segue, porém, preocupado com os persistentes cortes de fornecimento, que estão elevando os preços.
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Na terça-feira, Arábita Saudita e Rússia, dois dos principais produtores de petróleo, anunciaram reduções.
As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos caíram em 1,5 milhões de barris na semana passada, depois de atingir os 9,6 milhões na semana anterior.
Diante do que parece ser um déficit de oferta, vários indicadores psicológicos alimentam simultaneamente os temores contínuos de um enfraquecimento da demanda.