Logo Folha de Pernambuco
MUNDO

PIB da China cresce 6,3% no segundo trimestre, mas fica aquém do esperado, segundo especialistas

Houve um aumento recorde no desemprego entre jovens, em junho

Xi Jinping, presidente da ChinaXi Jinping, presidente da China - Foto: Florence Lo/AFP

A economia da China cresceu 6,3% no segundo trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior, apesar da recuperação irregular pós-Covid nos últimos meses, segundo informação oficial divulgada nesta segunda-feira (17).

No gigante asiático, a economia "apresentou um bom impulso de recuperação", informou o Escritório Nacional de Estatísticas de Pequim, em comunicado, que também revelou um aumento recorde de 21,3% no desemprego entre jovens, em junho, enquanto o desemprego urbano geral permaneceu em 5,2%.

"O PIB cresceu 4,5% ao ano no primeiro trimestre e 6,3% no segundo trimestre", disse o porta-voz do escritório, Fu Linghui.

"A demanda do mercado se recuperou gradualmente, a oferta de produção continuou a aumentar, o emprego e os preços ficaram estáveis e a renda dos residentes cresceu de forma constante", acrescentou.

Crescimento aquém do esperado
Analistas ouvidos pela AFP esperavam um salto de 7,1%, embora tivessem alertado que os números seriam inflados erroneamente, dada à baixa base de comparação com 2022, ano marcado pela pandemia da Covid.

No mesmo período do ano anterior, com restrições como bloqueios repentinos, proibições de viagens e fechamento de fábricas, a China registrou crescimento de 0,4%, um dos valores trimestrais mais baixos dos últimos anos.
 

O crescimento trimestral, considerado uma base de comparação mais realista, mostra que a segunda maior economia do mundo cresceu apenas 0,8% no período abril-junho.

Esse número é inferior ao crescimento de 2,2% registrado nos três meses anteriores, após a atividade morna registrada entre outubro e dezembro.

Outros dados divulgados na segunda-feira mostraram que a recuperação pós-pandêmica está diminuindo, provavelmente alimentando pedidos de mais estímulos econômicos.

O desemprego juvenil em junho registrou um aumento recorde de 21,3%, um salto de 20,8% em maio, enquanto o desemprego urbano geral manteve-se em 5,2%.

Veja também

Newsletter