Preço do ovo finalmente cai, e café acumula alta de 80%, mostra IBGE
Em abril, queda foi de 1,29%, após fortes altas. Mas, no ano, produto ficou 30% mais caro
O preço do ovo finalmente caiu. Depois de disparar no início do ano, por conta de um aumento de exportações para os EUA – onde casos de gripe aviária derrubaram a produção – e, também, por causa de um calor atípico em regiões produtoras do Brasil que estressou as galinhas e reduziu a produtividade das granjas, o ovo ficou 1,29% em abril.
Na contramão da queda do ovo, o café tem pesado na cesta do brasileiro: no acumulado em 12 meses, os preços médios do pó do grão ao consumidor saltaram 80,2%. Segundo o IBGE, é a maior alta nessa base de comparação, pelo menos, desde dezembro de 2012.
Como um todo, a inflação desacelerou no mês passado. O IPCA ficou em 0,43% em abril, ante uma alta de 0,56% em março, puxado por aumentos nos preços dos remédios e dos alimentos, embora a inflação do último grupo tenha desacelerado perante o mês anterior.
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A pesquisa mensal de inflação do IBGE mostra que outros alimentos com forte peso na cesta de consumo dos brasileiros também tiveram queda em abril. Foi o caso de arroz (-4,19%), feijão-preto (-5,45%) e óleo de soja (-0,97%) e açúcar refinado (0,29%).
Muitos cortes de carnes também tiveram queda de preço, como carne de porco (-0,64%), fígado (-0,54%), costela (-0,51%) e capa de filé (-0,47%), alcatra (-0,29%), lagarto (-0,13%), linguiça (-0,08%) e contrafilé (-0,03%).
Mas, apesar de quedas em alguns produtos, no conjunto, a alimentação dentro do domicílio subiu 0,82%.
No caso do ovo, o alívio em abril não compensa o forte aumento de preços dos meses anteriores. No ano, o produto acumula alta de 30%.