Economia

Presidente do Itaú defende que governo dê seguimento a reformas

Roberto Setubal parabenizou Temer pelo encaminhamento da PEC do teto dos gastos públicos e pela reforma da Previdência

Luciano SiqueiraLuciano Siqueira - Foto: Reprodução/Facebook

O presidente do Itaú, Roberto Setubal, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo de Michel Temer leve adiante as reformas da Previdência, trabalhista e a política.

Para o banqueiro, que também preside a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país se encontrava em uma "espiral negativa que nos levaria ao fundo do poço", mas o atual governo "restabeleceu a confiança". "Mas precisamos retomar o desenvolvimento", afirmou. "Só com o crescimento seremos capazes de solucionar nossos problemas", disse Setubal.

O presidente do Itaú parabenizou Temer pelo encaminhamento da PEC 241, proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, e pela reforma da Previdência, que, envolvida em polêmicas, deve ser enviada ao Congresso em dezembro.

Setubal defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos políticos, o que, na visão dele, garantiria maior estabilidade para o governo. Ele também pediu que o governo desse seguimento à reforma trabalhista. "Não existe empresa no Brasil que seja capaz de cumprir todos os detalhes formais da nossa legislação trabalhista e as súmulas do TST (Tribunal Superior do Trabalho)", disse o banqueiro.

TRANSPARÊNCIA

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, cobrou transparência e previsibilidade do governo. "Comunicação é necessária, mas precisamos ter transparência do tamanho do rombo fiscal, do tamanho dos esqueletos que a gente pode ter", disse Latif.

A economista cobrou também transparência do governo em relação à gravidade da crise. "Temo que a lua de mel está indo embora", afirmou Zeina Latif. "Seria muito importante delimitar esta agenda (econômica). Sabemos que tem um norte, tem prioridades. Mas seria importante o governo estabelecer o que seria a agenda para os próximos dois anos", disse a economista-chefe da XP.

Veja também

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto
BANCO CENTRAL

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto

País tem taxa de informalidade de 38,7% no trimestre até fevereiro, aponta IBGE
ECONOMIA

País tem taxa de informalidade de 38,7% no trimestre até fevereiro, aponta IBGE

Newsletter