Economia

Procon-PE pede esclarecimento a colégio que fechou as portas em Olinda

O Colégio Luíza Cora (CLC) fechou após 37 anos de atuação

Colégio Cora Luiza (CLC), no bairro de Casa Caiada, em Olinda. Colégio Cora Luiza (CLC), no bairro de Casa Caiada, em Olinda.  - Foto: Divulgação/ProconPE

Faltando poucos dias para iniciar o ano letivo de 2020, o Colégio Luíza Cora (CLC), instituição de ensino privado localizada no bairro de Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, anunciou o encerramento de atividades, surpreendendo pais e alunos que já haviam efetuado a matrícula. Na manhã desta quarta-feira (29), o Procon-PE compareceu à instituição, notificou a escola e deu prazo de 24 horas para que o Luíza Cora desse esclarecimento sobre o caso.

Por e-mail, um comunicado oficial que explicava a situação da escola, que funcionava há 37 anos, foi enviado pela direção aos pais nessa terça-feira (28). Na nota, a decisão foi justificada por dificuldades de arcar com os custos, já que um número “mínimo” de matrículas não foi alcançado. “Em razão de não ter atingido o número suficiente de alunos matriculados, ao modo de não comportar os custos operacionais do nosso empreendimento”, informou texto.

A mensagem pede que os pais compareçam à instituição nestas quinta (30) e sexta-feiras (31) para que seja devolvido o valor da matrículas e os documentos para transferência. O Colégio Luíza Cora lecionava do Ensino Fundamental até o fim do Ensino Médio.

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A gerente de Fiscalização do Procon-PE, Danyelle Sena, falou sobre o caso. “Diante da situação, notificamos a escola e cobramos esclarecimentos acerca dos valores pagos na matrícula, material didático e a situação dos alunos, tendo em vista que o ano letivo inicia na próxima semana. Os responsáveis confirmaram o fechamento do estabelecimento, se comprometeram a fazer a devolução de valores pagos nas matrículas e informaram, verbalmente, que fizeram parcerias com instituição de ensino próxima para acolher os alunos. Tudo deve ser formalizado e enviado ao Procon”, pontuou Sena.

Mãe de dois alunos de 5 e 6 anos, a advogada Jéssica Paixão foi uma das diretamente prejudicadas com a decisão da escola. Ela contou que realizou a matrícula ainda no mês de outubro de 2019, quando foi anunciado o período de pré-matrícula. Segundo Jéssica, entre o mês de julho e agosto do ano passado, boatos em Olinda especularam que a instituição fecharia. Logo depois, ainda segundo ela, a escola assegurou aos pais que estava tudo bem, o que fez com que a mãe confiasse na escola para o ano letivo de 2020. “Foi mandado um comunicado informando que a instituição era segura, sólida e não estavam para fechar as portas”, explicou.

Segundo a advogada, o sentimento que permeia os pais e funcionários é de injustiça e indignação. “Tudo isso aconteceu porque estavam aguardando mais matrículas, deveriam ter segurado no máximo até dezembro”, disse Jéssica.

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