Economia

Receita do governo com dividendos de estatais sobe ao patamar pré-crise

De acordo com relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (20), a receita com a distribuição de lucros das empresas públicas federais era de R$ 18,9 bilhões em 2014 e caiu para R$ 2,8 bilhões em 2016

DinheiroDinheiro - Foto: Pixabay

A arrecadação do governo com dividendos repassados por estatais deve atingir R$ 20,8 bilhões no encerramento deste ano, retornando a patamar registrado antes da crise iniciada em 2014. De acordo com relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (20), a receita com a distribuição de lucros das empresas públicas federais era de R$ 18,9 bilhões em 2014 e caiu para R$ 2,8 bilhões em 2016. A partir desse momento, apresentou elevação gradual. Foi a R$ 5,5 bilhões em 2017 e R$ 7,7 bilhões em 2018.

O ganho do governo com essa fonte de recurso em 2019, portanto, deve ser quase o triplo do valor observado no ano passado. Se confirmado, o número será o maior registrado desde 2013, quando ficou em R$ 27,8 bilhões. O dado inclui pagamentos ordinários e antecipação de dividendos.

Leia também:
Receita deposita nesta segunda-feira a restituição do 7º lote do IRPF
Com crise econômica, aposentados pegam mais empréstimos consignados


Segundo o Tesouro, historicamente, as empresas do setor financeiro são as maiores pagadoras de dividendos e juros sobre o capital próprio, principalmente BNDES, Caixa e Banco do Brasil, seguidas pela Petrobras. Em 2018, essas companhias foram responsáveis por 95% da distribuição dos lucros aos cofres do governo. O relatório ressalta que a Petrobras registrou prejuízo entre 2014 e 2017, o que a impediu de repassar dividendos aos acionistas.

O boletim do governo mostra ainda que o valor patrimonial da participação do governo em estatais também retornou ao patamar pré-crise. O montante desabou de R$ 314 bilhões em 2014 para R$ 205 bilhões em 2015. Depois, subiu progressivamente até atingir R$ 319 bilhões em 2019.

Apesar da ampliação de ganhos com os resultados das estatais, especialmente as maiores, o governo ainda está gastando mais para alimentar companhias que apresentam resultado negativo, para aumentar o capital de empresas e outros instrumentos.

Das 46 estatais controladas diretamente pela União, 16 são dependentes do Tesouro e recebem recursos do Orçamento para cobrir despesas com pessoal e de custeio em geral. O saldo total para o governo, que foi positivo para o Tesouro em 2014, ficou negativo a partir de 2015. Em 2018, por exemplo, a equipe econômica estima que teve um custo total de R$ 22,3 bilhões com estatais, enquanto o retorno total aos cofres públicos foi de R$ 10,3 bilhões.

Veja também

Dirigente diz que BCE ainda precisa estar convencido sobre inflação, antes de cortar juros
Europa

Dirigente diz que BCE ainda precisa estar convencido sobre inflação, antes de cortar juros

Concurso Nacional Unificado: veja como emitir cartão de confirmação e o que pode ser levado
Enem dos concursos

Concurso Nacional Unificado: veja como emitir cartão de confirmação e o que pode ser levado

Newsletter