Economia

Recife e Olinda na lista da internet 5G

O leilão da nova geração da internet móvel será em março de 2020, mas já se sabe que essa conexão de alta velocidade deve chegar logo em cidades que já têm rede de fibra óptica e 4,5G, como as duas pernambucanas

Oi testou o 5G em BúziosOi testou o 5G em Búzios - Foto: Divulgação

O leilão que vai viabilizar a entrada da internet 5G no Brasil só vai acontecer em março de 2020. Mas já se sabe que, quando for liberada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), essa conexão móvel de alta velocidade deve se espalhar aos poucos pelo País. Recife e Olinda, porém, estão na lista das cidades que podem receber o 5G logo no início dessa operação. É que esses municípios já contam com rede de fibra óptica e internet 4,5G - os aparatos técnicos que viabilizaram o primeiro teste prático do 5G no Brasil.

O teste foi realizado em Búzios, no Rio de Janeiro, através de uma parceria entre a Oi e a Huawei. É uma parceria que usa a infraestrutura criada pela Oi para melhorar a internet local com equipamentos elaborados na China pela Huawei para captar e transmitir o sinal 5G. “A conexão de fibra óptica e o 4,5G atuam como um provedor de conexões. Podemos colocar outros serviços, como o 5G, para funcionar sobre eles”, explicou o diretor de planejamento da Oi, Laone Poleto, indicando que qualquer outra cidade que desfrute dessa infraestrutura de banda larga por fibra óptica e internet móvel 4,5G poderia receber o experimento. É o caso, por exemplo, do Recife e Olinda.

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Búzios foi escolhido porque é uma cidade turística, uma vitrine para a companhia. Mas nós temos o 4,5G em 26 cidades do Brasil e o nosso equipamento 4,5G já está preparado para receber o 5G. Além disso, a Oi tem uma rede de fibra óptica bastante robusta, com mais de 350 mil quilômetros, para suportar essa tecnologia”, afirmou Poleto, que, apesar de não poder comentar os planos futuros de investimento da Oi, mostrou que a companhia quer sair na frente na corrida do 5G no Brasil.

“O 5G depende de uma série de questões para funcionar. Precisamos ver, por exemplo, a licença e os padrões que serão adotados para a comercialização. Mas nós estamos preparando nossas redes para que elas suportem as necessidades que vêm pela frente”, afirmou Poleto, que também promete investimentos na melhoria da rede de fibra óptica, considerada a “base” do 5G. E o plano de recuperação judicial da telefônica confirma o aporte. Segundo o documento, a companhia deve investir R$ 7 bilhões por ano, nos próximos três anos, especialmente na expansão da infraestrutura de fibra óptica e na ampliação do serviço de 4,5G.

Poleto lembra, contudo, que o processo de instalação e comercialização dessa tecnologia não é simples - tanto que o mercado brasileiro ainda não tem nenhum celular capaz de rodar o 5G. E é por isso que o setor calcula que a conexão só esteja disponível para o consumidor em 2022, dois anos depois do leilão da frequência que vai rodar a quinta geração da telefonia móvel no Brasil.

Experiência
Por conta desses contratempos técnicos, a Oi usou uma frequência de teste e o sinal Wi-Fi para poder testar o 5G em Búzios. A tecnologia foi usada para viabilizar chamadas holográficas por meio de óculos de realidade aumentada em que é possível ver em tempo real o movimento da pessoa do outro lado da linha, da mesma forma que um médico usou o 5G para fazer uma cirurgia remota na China. Ainda foi possível testar o 5G em games e streaming de vídeo, que apresentaram respostas praticamente instantâneas quando conectados a essa rede.

Afinal, enquanto o 4G oferece uma velocidade de 20 a 40 mega/segundo, o 5G promete entregar 1giga/segundo de velocidade, o que deve viabilizar, entre outras coisas, o funcionamento da Internet das Coisas e dos carros autônomos.

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