Economia

Refinaria: contratação é adiada

Petrobras quer um prazo maior para escolher a empresa que vai concluir a obra da primeira etapa da Rnest

Teresa CristinaTeresa Cristina - Foto: Divulgação

 

A Petrobras pediu nova prorrogação do prazo para a contratação da empresa que ficará responsável pela construção da Unidade de Abatimento de Emissões (SNOX), da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape. Por determinação da licença de operação, liberada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a estatal tinha até julho passado para cumprir essa etapa, mas o prazo foi postergado para 5 de outubro.

Nesta terça, um dia antes do fim do cronograma, a CPRH informou que recebeu um novo pedido de adiamento, que está sendo avaliado. A entidade não detalhou o novo prazo, nem disse se aplicará a multa prevista na licença operacional. 

Pelo Termo de Compromisso assinado com a CPRH, a Petrobras pode pagar multa de R$ 6,5 milhões no caso de descumprimento do cronograma, além de comprometer a renovação da licença operacional do empreendimento. Até outubro de 2017, o equipamento já deve estar funcionando e totalmente testado.
 
A conclusão do SNOX é fundamental para a Rnest. Sem ela, o empreendimento não pode operar em carga total: 110 mil barris de petróleo/dia na primeira linha de produção - Trem 1. Atualmente, o Trem 1 opera com 100 mil barris de petróleo/dia. O equipamento ficou abandonado depois da saída da Alusa, empresa responsável pela construção, que foi afetada pelos desdobramentos da Operação Lava Jato.
A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de Imprensa, que ainda não tem data para a contratação da empresa para conclusão do SNOX. Enquanto as obras não são retomadas, milhares de trabalhadores seguem esperando por oportunidades de emprego na planta de refino. Segundo o Sindicato da Construção Pesada (Sintepav-PE), pelo menos 15 mil currículos de trabalhadores são mantidos em um banco de dados da entidade, aguardando por boas notícias vindas do empreendimento.
Recentemente, a Petrobras divulgou que procura um sócio para a conclusão da segunda etapa da Abreu e Lima (Trem 2), cuja construção ainda não tem data para iniciar. A companhia também adiou, mais uma vez, a data para a conclusão do empreendimento, desta vez para depois de 2021. O SNOX também ganhou novo prazo de conclusão, em 2018.
Embora já tenha completado uma década de obras, até agora apenas a primeira etapa da Rnest está em operação, mesmo assim sem capacidade total. Em 2014, a obra foi fortemente afetada pela crise da Petrobras, estando no centro das denúncias de superfaturamento de contratos investigadas pela Polícia Federal. Segundo o último balanço, a Refinaria Abreu e Lima já recebeu mais de US$ 20 bilhões em investimentos.

 

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