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Economia

Remédios vão ficar em média 2,34% mais caros

Reajuste será aplicado em 1º de abril e vai de 2,09% a 2,84%, segundo o setor farmacêutico

RemédiosRemédios - Foto: Reprodução/Pixabay

Comprar remédios vai ficar mais caro. É que o reajuste anual dos medicamentos comercializados no Brasil vai entrar em vigor em 1º de abril, como determina o Ministério da Saúde. E, neste ano, o aumento deve variar de 2,09% a 2,84%. O setor farmacêutico destaca, por sua vez, que o reajuste médio é de 2,43% -, o menor dos últimos dez anos.

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) explicou que o reajuste, que normalmente é publicado no Diário Oficial da União em 31 de março, foi disponibilizado ontem no sistema de comercialização do setor. “Os novos índices constam do sistema on-line da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), no qual as indústrias farmacêuticas cadastram os preços máximos de seus produtos, com reajuste, que poderão praticar a partir do próximo dia 31 de março”, informou o Sindusfarma.

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O sindicato contou ainda que o reajuste varia de acordo com a disponibilidade do medicamento, sendo maior nos nichos que têm mais oferta. Os remédios que não sofrem concentração de mercado, portanto, serão reajustados em 2,84%. Os que têm uma concentração moderada terão um aumento de 2,47%. E os remédios de oferta reduzida serão corrigidos em 2,09%.

Calculado pela CMED, o reajuste considera fatores como produtividade, concorrência, câmbio e energia elétrica. A inflação oficial do País também é levada em conta. E, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), é essa taxa que vai permitir a aplicação de um reajuste menor neste ano. Afinal, a taxa tem apresentado um movimento de queda desde 2016. Em fevereiro, mês que é levado em conta pela CMED, por exemplo, ficou em 2,84%.

Ainda segundo a Interfarma, o reajuste dos remédios só ficou abaixo dos 3% em outras três ocasiões nos últimos 12 anos - 2007, 2012 e 2017. No ano passado, a média foi de 2,63%, mas o reajuste máximo foi de 4,63%. Já em 2016, esse número chegou a 12,5%, por conta da alta do dólar e da energia elétrica.

A associação ainda afirma que alguns remédios podem nem receber esse reajuste integralmente. “Os preços são regulados e não tabelados, ou seja, o governo estabelece um valor máximo, mas a concorrência de mercado é livre para a prática de descontos, que chegam a 60%”, contou o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto, dizendo também que o reajuste não vai chegar logo em 1º de abril. Afinal, as farmácias costumam manter estoques cheios nesta época do ano para poder manter os preços antigos por algumas semanas.

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