Samarco obtém licença para projeto que prevê 2 pilhas de rejeitos em Mariana e Ouro Preto
O projeto abrange a ampliação da capacidade minerária do Complexo de Germano
A Samarco teve seu pedido de licença ambiental para o Projeto Longo Prazo, que permite a continuidade de sua retomada operacional, aprovado nesta sexta-feira, 27, pela Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais.
O projeto abrange a ampliação da capacidade minerária do Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto. Prevê a instalação de duas novas pilhas de estéril e rejeito, ampliação da pilha já existente, depósito de rejeito em cava confinada e instalação de estruturas para transportadores de correia de longa distância (TDLD) na região.
O projeto é alvo de críticas do Instituto Cordilheira, Comissão dos Atingidos pela Barragem de Fundão e Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Conflitos em Territórios Atingidos.
"Essas estruturas impactam comunidades anteriormente atingidas pelo desastre da barragem de Fundão, em 2015", diz Danilo Chammas, advogado do Instituto Cordilheira.
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"Além disso, não existem estudos sobre os riscos e normativas para implantação de Pilhas de Disposição de Rejeitos de Mineração em contextos de eventos extremos climáticos. A localização das novas estruturas propostas pela Samarco S.A., extremamente próximas às comunidades, demonstra a negligência em relação à segurança das comunidades já brutalmente atingidas."
A Samarco não comentou até o fechamento desta reportagem

