Vendas diretas

Porta a porta cresce na pandemia e registra aumento de 3,3% no número de revendedores em Pernambuco

Levantamento mostra aumento da busca de quem quer complementar renda ou empreender no atual cenário de pandemia e desemprego

Setor marca presença no digitalSetor marca presença no digital - Foto: Divulgação

O número de revendedores do setor de vendas diretas, o tradicional porta a porta, em Pernambuco teve aumento de 3,3% na comparação entre 2019 e 2020. Atualmente, o Estado tem mais de 134 mil empreendedores independentes no segmento.

Os dados são de levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), entidade que representa empresas ligadas ao setor, e foram divulgados nesta semana.

De acordo com a ABEVD, os números reforçam a ideia do aumento na procura por oportunidades no segmento porta a porta para complementar renda ou empreender no atual cenário de desemprego e pandemia.

Com investimentos voltados na digitalização, como uma forma de contornar os desafios sanitários impostos pelo coronavírus, o segmento passou a inserir na rotina práticas como divulgação, escolha e compra do produto online em redes sociais, além da tradicional forma presencial.

“A venda direta se tornou social selling, compra por indicação e relacionamento, sendo uma ótima oportunidade para empreender ou complementar renda, especialmente nesse período financeiro complicado. E a possibilidade de contato com os clientes e o relacionamento e atendimento personalizado pode continuar a ser feito pela internet ou redes sociais”, declarou a presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Venda Diretas (ABEVD), Adriana Colloca.

"A digitalização foi um dos grandes focos de investimento do setor durante a pandemia e tornou-se uma grande ferramenta para que os empreendedores possam continuar vendendo e gerando renda mesmo durante o isolamento", completou a representante.

Na mais recente pesquisa realizada pela ABEVD sobre o perfil dos empreendedores independentes da venda direta, em março de 2020, constatou-se que 52% dos empreendedores revendem produtos do mercado de cosméticos e cuidados pessoais e 22% do mercado de roupas e acessórios. 

O levantamento também mostrou que 58% dos empreendedores se identificam como do sexo feminino e 42% do sexo masculino, e cerca de 51% da força de vendas tem renda familiar de até R$ 3.135,00. A renda proveniente da venda direta é, em média, 31,3% do orçamento familiar.

A atividade oferece oportunidades para todos, desde aqueles com nível universitário até quem tem menos estudo. 

Atualmente, 31,5% dos empreendedores já completaram o Ensino Superior e alguns são pós-graduados. Esse modelo de negócio também oferece oportunidades de empreendedorismo para todas as faixas etárias acima de 18 anos: hoje, a média de idade do empreendedor independente é de 31,9 anos.

Vendas diretas
A venda direta é um modelo de negócios utilizado tanto pelas grandes marcas como por pequenas empresas para vender seus produtos e serviços diretamente aos consumidores finais, sem a necessidade de um estabelecimento comercial fixo e eliminando, assim, uma cadeia de intermediários e de custos. 

O contato com os potenciais clientes é feito de forma pessoal ou digital, por meio de empreendedores independentes, que são chamados de revendedores, consultores, distribuidores, agentes, entre outros.

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