Dom, 07 de Dezembro

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Tarifas

Trump assina decreto que oficializa acordo com Japão com tarifa-base de 15% e investimentos

Do lado japonês, o acordo prevê um aumento de 75% nas compras de arroz americano dentro do esquema de acesso mínimo, além de aquisições anuais de produtos agrícolas como milho, soja, fertilizantes e bioetanol, em montante total de US$ 8 bilhões por ano

O Presidente Donald Trump durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca, em Washington, DCO Presidente Donald Trump durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca, em Washington, DC - Foto: Mandel Ngan / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira uma ordem executiva que oficializa o acordo comercial entre EUA e Japão. Segundo comunicado da Casa Branca, a medida implementa formalmente o pacto bilateral que havia sido anunciado em 22 de julho, e estabelece a aplicação de uma tarifa-base de 15% sobre quase todas as importações japonesas.

O decreto assinado por Trump traz exceções à tarifa de 15% para setores como automóveis, aeroespacial, farmacêutico genérico e recursos naturais não disponíveis nos EUA. De acordo com a ordem, "para um produto de origem japonesa com tarifa menor que 15%, a soma da tarifa atual e da taxa adicional deverá totalizar 15%". Já para itens cuja alíquota já seja de 15% ou mais, não haverá cobrança extra. As tarifas retroagem a 7 de agosto de 2025, com previsão de reembolso para produtos já desembarcados.
 

Do lado japonês, o acordo prevê um aumento de 75% nas compras de arroz americano dentro do esquema de acesso mínimo, além de aquisições anuais de produtos agrícolas como milho, soja, fertilizantes e bioetanol, em montante total de US$ 8 bilhões por ano. O Japão também se comprometeu a aceitar veículos de passageiros fabricados nos EUA sem testes adicionais e a comprar aeronaves comerciais e equipamentos de defesa americanos.

Um dos pontos destacados é o compromisso do governo japonês de investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos. Segundo o comunicado, esses investimentos, escolhidos pelo governo americano, "gerarão centenas de milhares de empregos, expandirão a manufatura doméstica e garantirão a prosperidade americana por gerações".

A Casa Branca afirma que o acordo é "necessário e apropriado para reduzir ou eliminar ameaças à segurança nacional" e para "fortalecer a base industrial e de defesa" do país. O governo americano ressalta que monitorará a implementação dos compromissos pelo Japão e poderá modificar a ordem em caso de descumprimento.

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