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NEGÓCIOS

Voepass entra com pedido de tutela para reestruturação financeira

Companhia aérea se encontrava saudável financeiramente até queda de aeronave em Vinhedo (SP), em outubro passado

Avião da VoepassAvião da Voepass - Foto: Instagram Voepass/Reprodução

A Voepass entrou com um pedido de tutela nesta segunda-feira para se reestruturar financeiramente. Em comunicado, a empresa afirmou que busca fortalecer sua estrutura de capital para garantir sustentabilidade a longo prazo. Esse mecanismo permite que companhias se protejam de credores, antecipando efeitos de uma recuperação judicial, como a suspensão de cobranças.

A Voepass disse ainda que a operação das rotas aéreas seguirá normalmente, com a continuidade na venda de passagens e reservas por meio de seus canais tradicionais.

“Mesmo diante de tantas adversidades setoriais, considerando todos os desafios que a aviação no Brasil enfrenta há algum tempo, como é de conhecimento público, nós chegamos aos 30 anos de atuação na aviação regional — a companhia aérea há mais tempo em operação no Brasil —, pautando nossa história pela resiliência e pela busca de soluções, sempre focada na missão de tornar possível conectar o interior do País com um serviço de qualidade”, afirma José Luiz Felício Filho, CEO da Voepass Linhas Aéreas.

A companhia reconheceu que mantinha uma ampla malha operacional e boa saúde financeira até meados de 2024, mas enfrentou dificuldades após o acidente de outubro, quando uma de suas aeronaves caiu em Vinhedo (SP). No entanto, a medida anunciada nesta semana não afeta as indenizações relacionadas ao caso.

A Voepass também disse que dará prioridade ao pagamento de salários e benefícios aos funcionários durante o processo e que seguirá honrando compromissos com fornecedores para serviços prestados e produtos entregues a partir desta segunda.

“Com esta medida, conseguiremos, em breve, retomar o fôlego financeiro e dar início a uma reestruturação para que a Voepass mantenha sua função social e continue com sua missão, que é de interesse da sociedade, desenvolvendo a aviação regional brasileira e viabilizando a manutenção de centenas de empregos”, conclui Felício.

A companhia está sendo assessorada juridicamente pelos escritórios Daniel Carnio Advogados e Mubarak Advogados Associados, além da EXM Partners na reestruturação financeira.

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