Wall Street fecha em alta impulsionada pelo Fed
Nesse sentido, o Dow Jones subiu 0,85%, o tecnológico Nasdaq, 1,51%
A Bolsa de Valores de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (2), impulsionada pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), assim como por uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro e resultados de empresas sólidos.
Nesse sentido, o Dow Jones subiu 0,85%, o tecnológico Nasdaq, 1,51%, e o S&P 500, 0,91%.
"Os investidores respiraram aliviados porque o presidente do Fed, [Jerome] Powell, disse que um aumento dos juros é pouco provável", explicou Sam Stovall, da firma financeira CFRA, sobre a coletiva de imprensa do presidente do banco central americano ontem, ao final da reunião do Comitê de Política Monetária.
"Embora [Powell] tenha nos lembrado que o Fed vai se movimentar em função dos dados macroeconômicos, também indicou que esperava uma queda da inflação e dos juros", acrescentou Stovall.
Além disso, Wall Street recebeu bem a decisão do Fed de se desfazer mais lentamente de sua participação em títulos do Tesouro.
Leia também
• Wall Street fecha em alta impulsionada pelo setor de tecnologia
• Wall Street fecha em alta após divulgação dos resultados de empresas
• Wall Street fecha com resultados mistos; Nasdaq cai puxado pela Netflix
Isso reduzirá sensivelmente o volume de papéis que o mercado deve absorver, algo benéfico para as ações.
"É como baixar os juros, porque tira a pressão do mercado de títulos públicos, o que beneficia as ações", explicou Sam Stovall.
O rendimento dos títulos da dívida americana com vencimento em dois anos caiu bruscamente, para 4,87%, contra 4,96% de quarta-feira.
O setor tecnológico, que demanda muito crédito, viu-se beneficiado por este retorno da perspectiva de queda dos juros no médio prazo, e alguns gigantes como Nvidia (+3,34%), Amazon (+3,20%) e Apple (+2,20%) subiram.
A Apple publicou seus resultados depois do encerramento do pregão, com um faturamento de 90,75 bilhões de dólares para o primeiro trimestre do ano e 23,6 bilhões de lucro líquido.
Ambas as cifras são inferiores às de um ano atrás, mas são melhores que as esperadas pelo mercado. Além disso, a empresa anunciou um programa sem precedentes de recompra de ações de 110 bilhões de dólares.
O movimento de alta se estendeu para além das tecnológicas, influenciando ações cíclicas ou sensíveis à conjuntura econômica, como Walt Disney (+1,95%) e Nike (+2,31%).
A companhia de semicondutores Qualcomm disparou 9,74% graças a resultados e previsões melhores do que esperavam os analistas.
A fabricante de carros elétricos Rivian subiu 6,73%, após revelar que o estado de Illinois lhe forneceria 827 milhões de dólares para ampliar sua fábrica na localidade de Normal.
O laboratório Moderna avançou 12,68%, apesar do faturamento 90% menor que o do primeiro trimestre do ano passado. Os investidores esperavam uma perda líquida maior, e ficaram satisfeitos com o resultado apresentado.
A Avis foi um dos grandes ganhadores do dia, com uma alta impressionante de 20,07%, graças ao faturamento maior que o previsto.