VAREJO

Varejo: O poder da adaptação

As empresas do setor varejista reagiram com rapidez às demandas criadas pela pandemia. Seja nas lojas físicas ou virtuais, o segmento se reinventou e, com os olhos voltados para o futuro, está realizando as inovações capazes de valorizar ainda mais as sua

O Shopping Recife está sempre propondo novidades, pensando nas demandas do públicoO Shopping Recife está sempre propondo novidades, pensando nas demandas do público - Foto: divulgação

Segmento dinâmico por natureza, o varejo teve que se adaptar a uma nova rotina por causa da Covid-19. E com a pandemia, o consumo ao alcance de um mouse  ou de um toque na tela se tornou uma opção cômoda para muitos brasileiros, impulsionando os resultados do varejo digital. Feitas as mudanças necessárias, agora trabalha com melhores perspectivas para o final do ano devido à Black Friday e ao Natal. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 10,5% em outubro e alcançou 103,1 pontos, voltando ao patamar de otimismo (acima de 100 pontos) após seis meses de pandemia. Mais otimistas, varejistas trabalham para aproximar ainda mais as suas marcas dos consumidores. 

Conexão com o público
Centro de compras consolidado, o Shopping Recife se destaca entre os consumidores por mais um ano. Primeiro lugar na categoria Shopping do Marcas que eu gosto, o equipamento está atento aos movimentos do setor, sempre propondo novidades a cada visita e pensando nas demandas do público atual. Olhar para o futuro em busca de novas soluções para o negócio é seu trabalho constante, o que aumenta a conexão da sua marca com o público.

Por isso, o centro de compras está promovendo, ao longo dos últimos anos, uma série de projetos que facilitam o dia a dia dos clientes com ações on-line e off-line. A tecnologia vem sendo utilizada para desenvolvimento de estratégias no próprio mall e nas suas redes sociais.

“Como exemplos disso temos a automação do WhatsApp, que tem o objetivo de melhorar a comunicação com o cliente de forma mais personalizada através da plataforma Vitrine Virtual e, em breve, da disponibilização de locker para retirada de compras virtuais. O objetivo é poder fazer a entrega de uma interação automatizada e humanizada para o nosso público”, enfatizou a gerente de marketing do Shopping Recife, Renata Cavalcanti.

Com uma estrutura completa onde estão inseridas 250 lojas, o shopping gera cerca de sete mil empregos. O mall tem um público diário de 65 mil clientes, no entanto, no cenário atual de pandemia, em que precisou-se ter um público simultâneo controlado, o equipamento está recebendo cerca de 50 mil visitantes por dia.

“Temos uma história única com o Recife, um relacionamento onde crescemos juntos e, ao longo desses anos, nos tornamos palco de grandes capítulos na vida dos pernambucanos”, disse Renata, ao avaliar o trabalho desenvolvido. “Para nós, se manter presente na vida dos nossos consumidores é um exercício diário em que buscamos investir e inovar, seja no mix, nos serviços oferecidos ou nas atividades de lazer para toda a família”, acrescentou Renata Cavalcanti. 

“Ter esse reconhecimento mais uma vez é gratificante, pois aponta o sucesso no relacionamento com os nossos clientes no ano em que completamos 40 anos. Fica o sentimento de dever cumprido e saber que ao longo dos anos estivemos sempre crescendo, apresentando novidades para os nossos clientes e para a cidade”, ressaltou a gerente de marketing do Shopping Recife.  

A Nagem e o home office

Halim Nagem conta que, com o home office, as vendas da rede tiveram aumento médio de 20% em março, abril e maio
Halim Nagem conta que, com o home office, as vendas da rede tiveram aumento médio de 20% em março, abril e maio

O crescimento exponencial na demanda por produtos de home office está intenso desde o início da pandemia. Como uma consequência da adoção do teletrabalho por muitas empresas, as pessoas foram à procura de notebooks, impressoras, suprimentos e papelaria. Empresa desse segmento, a Nagem foi a grande vencedora da categoria Lojas de informática. 

“Nos meses de março, abril e maio, nossas vendas registraram um crescimento médio 20% maior que o registrado durante a Black Friday de 2019. Além disso, como também vendemos produtos das chamadas linhas brancas e marrom, também registramos altas nas vendas desses itens”, contou Halim Nagem, fundador e presidente da Nagem.

Todo esse movimento, sobrecarregou os canais de atendimento e a logística da empresa: as vendas on-line simplesmente pipocaram. “Tivemos que agir muito rápido para, ao mesmo tempo, aproveitar o crescimento nas vendas, mas também atender aos nossos clientes. Fizemos investimentos robustos em tecnologia da informação, logística e suporte. Com esse movimento, conseguimos manter o nosso padrão de atendimento e performar bem”, ressaltou Halim.

Durante o período em que as lojas físicas estiveram fechadas, o site foi o grande canal de vendas, tanto para pessoa física quanto para jurídica. “Antes da pandemia, nossa operação estava redonda. Com o isolamento social, tivemos um aquecimento forte da demanda. Antes, o e-commerce respondia por 5% do nosso faturamento. Atualmente, está na casa dos 30%”, disse Halim Nagem. “Procuramos colocar toda tecnologia à disposição do cliente para que ele possa desfrutar das melhores experiências. O prêmio vem reconhecer e atestar que há 30 anos, investimos e conseguimos ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha”, acrescentou.

Há 30 anos no mercado, a Nagem conta, hoje, com mais de 1.700 colaboradores. Além da loja on-line, a rede possui 46 lojas e um quiosque espalhados pelo Brasil, além dos 22 mil metros quadrados de armazenagem nos centros de distribuição do Recife, Salvador, Fortaleza, São Paulo e Espírito Santo. A empresa está presente nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Abastecimento garantido
Atividade essencial, o setor de alimentação mostra um bom resultado. Com a participação de supermercados para atuar no segmento, os consumidores não ficam desabastecidos. Até agosto, os supermercados brasileiros acumularam crescimento real (deflacionado pelo IPCA/IBGE) de 3,94% na coom o mesmo período de 2019, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.

O Big Bompreço/Hiper conquistou o primeiro lugar na categoria  Supermercados O Big Bompreço/Hiper conquistou o primeiro lugar na categoria Supermercados 

Na categoria Supermercado, o Big Bompreço/Hiper foi o primeiro lugar na preferência dos consumidores. A empresa também ganhou o terceiro lugar, juntamente com Bem-te-vi, Cerveja Nossa e Pilar, na nova categoria especial, Marca que representa o estado de Pernambuco.

O Big Bompreço faz parte do Grupo Big, que reúne empresas de varejo e atacado. A história começou em 1995, com a chegada do Walmart ao Brasil. Em julho de 2018, o Fundo de Investimento Advent adquiriu 80% do Walmart Brasil e os 20% restantes ficaram para o Walmart INC. A partir dessa negociação, um novo capítulo da história começava, com gestão do negócio independente e 100% local. O nome da companhia passou a ser Grupo Big em agosto de 2019, com o propósito de tornar-se a melhor rede de varejo do país. O hipermercado  adotou a bandeira Big. No Nordeste, chama-se Big Bompreço.

De acordo com o site da companhia, ao finalizar amplas pesquisas e análises para escolha da bandeira das lojas, o Grupo Big optou por marcas regionais que resgatam o vínculo emocional com os consumidores. Big é uma marca forte no Sul do País e bem avaliada no Sudeste, assim como o nome Bompreço, amplamente reconhecido no Nordeste e que conta com elementos importantes de afetividade que a empresa quer resgatar.

“Por isso, definiu para a  rede de hipermercados da região o nome Big Bompreço, que reforça o respeito do Grupo Big por uma das marcas mais fortes do varejo brasileiro. Vale lembrar que a marca Bompreço chegou em Recife nos anos de 1960 e é considerada uma referência na região”, informa o site da companhia.

No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os hipermercados são chamados de Big. Mas a reestruturação da companhia vai muito além da nova bandeira. O maior desafio do grupo é garantir que o consumidor perceba mudanças efetivas na operação, com lojas reformadas e novo layout, mais serviços e um incremento de 35% no sortimento de produtos, incluindo o crescimento de itens regionais.

Óculos para todos os gostos

Com mais de mil lojas no País,a Diniz é a campeã na categoria Ótica deste ano do prêmio deste anooti
Com mais de mil lojas no País,a Diniz é a campeã na categoria Ótica deste ano do prêmio deste ano

Marca que sempre pensa em inovação, as Óticas Diniz se atualizaram ainda mais. Em mais uma edição, a empresa foi campeã na categoria Ótica do prêmio Marcas que eu gosto. A Diniz está trabalhando com marcas exclusivas que vão atender a públicos distintos com qualidade, moda e tecnologia. “Nós já havíamos iniciado uma agenda de inovação e tivemos que acelerar. Imediatamente desenvolvemos o Dinizap, que consiste na venda pelo WhatsApp, inclusive de óculos por receituário, e também entramos no Mercado Livre”, disse Luciane Gomes, responsável pelo Marketing e Comunicação da Diniz.

Além disso, a ótica lançou dois novos modelos de loja: a Prime e a Tradicional. “O novo modelo Tradicional traduz o caráter democrático e o atendimento de coração da nossa marca. Já a Prime oferece um atendimento exclusivo, também de coração, com peças de maior valor agregado e personalidade”, contou Luciane.

São mais de mil lojas da rede Óticas Diniz, presentes em todo o território nacional, com aproximadamente 6.500 colaboradores. A marca nasceu no Nordeste, região em que a empresa é mais forte e mais reconhecida. “Pernambuco representa 15% da rede em número de operações no Nordeste e isso é bastante significativo para nós pela importância estratégica da praça”, registrou Luciane.

A Diniz trabalha com óculos de grau e solar das grifes mais renomadas do mundo, bem como com marcas exclusivas. As lentes também são dos maiores laboratórios do Brasil e do mundo, e com alto grau de tecnologia.

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