HCP: 80 anos de vitórias e esperança
Seguindo um modelo de operação adotado por apenas outros três hospitais em todo o Brasil, o Hospital de Câncer de Pernambuco é responsável por atender cerca de 50% dos pacientes com a doença em tratamento pelo SUS no estado
O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) celebra, em novembro de 2025, oito décadas de atuação no tratamento oncológico do estado. Mais uma vez, a instituição foi escolhida pelos pernambucanos como a principal Entidade Filantrópica do Estado, conquistando o primeiro lugar da categoria no “Marcas Que Eu Gosto”.
Desde a sua fundação pela Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC), em 1945, o HCP se consolidou como a principal referência de tratamento contra o câncer em Pernambuco, com uma trajetória de desafios, conquistas e compromisso com a saúde de milhares de pacientes.
Seguindo um modelo de operação adotado por apenas outros três hospitais em todo o Brasil, atuando exclusivamente no cuidado oncológico e com atendimento 100% encaminhado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a entidade é responsável pelos cuidados de cerca de 50% dos pacientes com câncer em tratamento pelo SUS no estado.
À frente da SPCC há 10 anos, o presidente do Conselho de Administração, Ricardo de Almeida, ressalta que são diversas mãos que fazem o trabalho acontecer.
“O HCP não é apenas um hospital, é um símbolo de esperança. Transformamos dificuldades em oportunidades de salvar vidas, com a ajuda de parceiros, parlamentares, doadores e a dedicação de nossos profissionais”, afirma.
Humanização
Em números, o impacto desse trabalho é expressivo. Com mais de 1.800 colaboradores atuando diariamente para oferecer um atendimento humanizado e integral, somente em 2024 o hospital realizou 71.941 quimioterapias - o equivalente a 33% dos procedimentos feitos pela rede estadual de oncologia -, 2.819 radioterapias, que correspondem a 47% do total realizado pela rede estadual, além de 8.396 cirurgias.
Para seguir realizando esse trabalho, o HCP é financiado majoritariamente pelos serviços prestados ao SUS. Mas também conta com emendas parlamentares, doações diretas e iniciativas como a CPDs (Contribuição com Propósito Definido) e o Troco Solidário, que hoje responde por cerca de 10% da receita da instituição.

A transparência e um modelo de gestão participativa, que conta com a adesão dos sindicatos dos profissionais de saúde em decisões da administração, segundo Ricardo de Almeida, foram fundamentais para conquistar a confiança da sociedade e garantir a sustentabilidade das ações.
“Isso é algo que nos orgulha muito, e eu ouso dizer: não tem outra instituição do Brasil com um nível de participação e de cooperação entre a gestão e os profissionais apresentados por seus sindicatos”, celebra.
Longevidade
Para o presidente do Conselho de Administração da SPCC, a expansão do Centro de Pesquisa Clínica, com a inclusão de um laboratório translacional, a partir de incentivos de um edital do Ministério da Ciência e Tecnologia, e a inauguração da nova enfermaria, com capacidade para 20 leitos, são conquistas que representam o mérito da equipe do HCP e um salto em direção ao futuro da medicina oncológica no estado e no país.
Quando se fala em futuro, o hospital pensa em longevidade. Um livro comemorativo está em produção, e o capítulo final ainda será escrito: “A obra vai se chamar ‘HCP 100 anos’.” O lançamento ocorrerá no dia da comemoração do aniversário do HCP, em 9 de novembro, no Instituto Ricardo Brennand, em conjunto com a apresentação de uma nova CPD.
“Faremos um seminário, reunindo superintendentes, conselheiros, para pensar onde queremos estar daqui a 20 anos, porque o tempo passa num piscar de olhos. A ideia é deixar claro que nosso compromisso não termina aqui”, conclui Ricardo de Almeida.
“O HCP não é apenas um hospital, é um símbolo de esperança. Transformamos dificuldades em oportunidades de salvar vidas, com a ajuda de parceiros, parlamentares, doadores e a dedicação de nossos profissionais”.