Ter, 09 de Dezembro

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Atualização médica

Após 11 anos do acidente, Schumacher apresenta "sinais positivos"

Fonte ligada ao automobilismo afirma que o heptacampeão pode ter mostrado progresso e cita ato público inédito do piloto desde 2013

Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1 - Foto: AFP

Uma atualização considerada “positiva” sobre o estado de saúde de Michael Schumacher foi divulgada por uma fonte próxima à Fórmula 1. O heptacampeão mundial, afastado da vida pública desde o acidente de esqui em 2013, teria apresentado pequenos sinais de melhora nos últimos meses, segundo o jornalista francês Stéfan L’Hermitt, do L’Équipe.

"Eu diria que ele não está bem, mas pode estar melhorando, porque, fundamentalmente, não sabemos nada. Este ano, ele autografou um capacete para um evento beneficente. Foi a esposa dele quem segurou a mão dele? Não sabemos exatamente, mas é a primeira vez que temos algum tipo de sinal positivo", disse o repórter ao programa Le Grand Récit.

O episódio citado ocorreu em abril, quando Schumacher assinou um capacete do ex-piloto britânico Sir Jackie Stewart, em uma ação beneficente que reuniu nomes históricos da Fórmula 1. O item trazia as iniciais “MS” no canto inferior direito, gesto que comoveu fãs e reacendeu esperanças quanto ao estado de saúde do alemão.

A assinatura, feita com a ajuda da esposa Corinna Schumacher, foi o único ato público do piloto em mais de 11 anos. Desde o acidente, sua condição médica é mantida em sigilo absoluto pela família, que vive de forma reservada em uma propriedade na ilha de Maiorca, na Espanha.

Schumacher, hoje com 56 anos, é visto apenas por um pequeno grupo de pessoas próximas, e informações sobre sua recuperação são raras. Rumores recentes de que ele teria comparecido ao casamento da filha, Gina Schumacher, em 2024, foram desmentidos por amigos e ex-companheiros, como o ex-piloto Johnny Herbert.

O caso também foi marcado por episódios de chantagem e violação de privacidade, quando um ex-segurança da família copiou e tentou vender material íntimo do ex-piloto a criminosos, que foram posteriormente condenados pela Justiça alemã.

"O que mais me choca é a quebra de confiança. Ele deveria receber uma punição que impedisse outros de fazerem o mesmo", declarou Corinna após o julgamento.

Considerado um dos maiores nomes da história da Fórmula 1, Michael Schumacher conquistou sete títulos mundiais — em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004 — e 155 pódios durante a carreira. Ele divide o recorde de campeonatos com Lewis Hamilton.

Onze anos após o acidente que mudou sua vida, qualquer indício de melhora é recebido com otimismo pela comunidade da F1. O gesto do autógrafo, ainda que simbólico, representa o primeiro “sinal de vida pública” de um piloto cuja história segue inspirando gerações — dentro e fora das pistas.

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