Alvirrubros citam como Chelsea e Flamengo influenciaram o Náutico na Série C
Laterais apontaram tática usada pelo Timbu, com influência da equipe inglesa e do rubro-negro carioca, para auxiliar na composição defensiva
Aos 51 minutos do segundo tempo, quando vencia o Brusque por 2x1, nos Aflitos, pelo quadrangular da Série C do Campeonato Brasileiro 2025, o Náutico tomou um susto. O árbitro marcou uma penalidade a favor dos catarinenses. Um gol dos visitantes daria adeus ao sonho do acesso. O assistente, porém, assinalou corretamente um impedimento na origem da jogada. Seria um golpe de sorte do Timbu? Nada disso. Os alvirrubros ressaltam que o lance foi fruto de um trabalho específico de defesa. Com inspiração de dois times que há poucos meses estavam no Mundial de Clubes.
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Ensaio
"Naquele lance do Brusque, a gente já sabia que o jogador estava impedido. Treinamos aquele tipo de linha alta o ano todo. Jogávamos assim na Série C. Guilherme (auxiliar do técnico Hélio dos Anjos) trabalhou bastante esses pontos, mostrando para a gente as linhas defensivas de Chelsea e Flamengo", apontou o lateral-direito Arnaldo.
O lateral-esquerdo Igor Fernandes também detalhou a evolução tática do Náutico após a chegada de Hélio. "O nosso trabalho era muito moderno, com intensidade física também. Assistimos aos jogos de clubes europeus, como o Chelsea, e do Brasil, como o Flamengo. A gente observava diariamente o que era feito por eles e tentava replicar aqui no Náutico", apontou.
Tática
Na linha alta, o time é posicionado com os zagueiros e laterais mais próximos do meio-campo, em vez de deixá-los recuados perto do próprio gol. Os meias e atacantes pressionam a saída de bola adversária, buscando a recuperação rápida da posse.
Durante parte da Série C, inclusive, o Náutico chegou a ter a melhor defesa do Brasil, superando o próprio exemplo, o Flamengo. O modelo defensivo exigia sincronia na hora de subir e descer as linhas. Principalmente em lances que podem deixar o atleta adversário em impedimento, como foi diante do Brusque.
Igor foi um dos que se adaptou bem ao modelo proposto por Hélio, inclusive quando precisou atuar improvisado na zaga.
"A primeira improvisação foi por necessidade. Rayan estava machucado e acabei fazendo essa função. Felizmente, fui bem e sempre que o time precisava de mais ajuda na defesa, o professor optava por me colocar lá. Hélio pediu para comprarmos a ideia dele e isso foi feito não somente por mim, mas por todos os jogadores", ressaltou.

