Tênis

Anastasia, melhor tenista russa, desafaba sobre a guerra: "Não tenho medo de dizer minha opinião"

A jogadora número 14 do mundo falou abertamente sobre a guerra e lamentou a exclusão de atletas russos das competições esportivas

Anastasia Pavlyuchenkova, tenista RussaAnastasia Pavlyuchenkova, tenista Russa - Foto: Christophe Achambault / AFP

A melhor tenista russa, Anastasia Pavlyuchenkova, expressou em conta no Twitter seu "desacordo" com a guerra que seu país iniciou contra a Ucrânia e seu desamparo por não poder se opor além de suas declarações.

"Jogo tênis desde pequena. Sempre representei a Rússia. É minha casa e meu país. No entanto, tenho medo, como meus amigos e familiares. Mas não tenho medo de dizer qual é a minha opinião. Sou contra. Guerra e violência", escreveu a número 14 do mundo, em uma rede social.

A jogadora de 30 anos também expressou seu desamparo diante dessa situação:"Não sou política ou figura pública, não tenho experiência nesses assuntos. Só posso expressar publicamente meu desacordo com essas decisões e falar abertamente.

Suas declarações foram feitas antes que a ATP, a WTA ou a ITF, as instituições que controlam o tênis mundial, anunciassem possíveis sanções contra tenistas russos e da Belarus.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu para que atletas russos e da Belarus sejam banidos das competições esportivas a menos que o façam sem representar seus países.

Inúmeras federações nacionais e internacionais se manifestaram (esqui, biatlo, hóquei no gelo, rugby, boxe, natação, etc.)

A ITF não seguiu a recomendação do COI de "aceitar apenas atletas russos e da e Belarus como atletas neutros, sem exibir símbolos, bandeiras ou hinos de seus países".

A russa Anastasia Potapova, que Svitolina deveria ter enfrentado na terça-feira na primeira rodada do torneio em Monterrey (México), ficou "triste" e, acrescentou em mensagem publicada na terça-feira em sua conta do Instagram: "mesmo estando fora política, sou contra o sofrimento, as lágrimas e a guerra".

— No fundo, nós, atletas profissionais, infelizmente estamos nos tornando reféns da situação atual — lamenta.

A mensagem de Pavlyuchenkova, rara entre os atletas russos, ecoa a de seu compatriota Andrey Rublev, número 6 do mundo, que defendia a "paz no mundo" horas antes da entrada das tropas russas em território ucraniano.

Nesta segunda-feira, o tenista russo Daniil Medvedev, que assumiu a liderança do ranking mundial, aproveitou a ocasião para fazer um apelo em suas redes sociais e pedir paz.

Outros atletas russos, como o ciclista Pavel Sivakov, o futebolista Fedor Smolov e especialmente o astro do hóquei no gelo Alex Ovechkin, manifestaram sua oposição à guerra lançada por seu país.

— Ambições pessoais ou razões políticas não podem justificar a violência — escreveu também Pavlyuchenkova, antes de concluir: — Acabe com a violência, ponha fim à guerra.

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