"Ansiedade pelo gol" tem atrapalhado o Sport, diz técnico
Daniel Paulista indicou que momento de pressão tem interferido na tranquilidade dos jogadores na hora de concluir em gol
O Sport, mais uma vez, saiu de campo lamentando a quantidade de boas chances desperdiçadas para sair com a vitória. O caso mais recente foi no empate em 1x1 com o Ceará, na Ilha do Retiro, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Para o técnico Daniel Paulista, o momento de pressão, com o Leão ocupando a lanterna do torneio, e a ansiedade em balançar as redes estão prejudicando os atletas na hora das finalizações.
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“Nosso momento pode estar interferindo, com a ansiedade em querer fazer o gol. Ter a oportunidade da vitória precipita a tomada de decisão. Uma coisa é assistir no replay e outra é o atleta dentro de campo. No milésimo de segundo que ele tem, precisa tomar a melhor decisão no momento de pressão que vivemos”, avaliou.
“Ninguém erra por querer. Infelizmente estamos desperdiçando oportunidades em momentos capitais dos jogos que poderiam nos dar tranquilidade nas partidas. Mas, de maneira geral, os atletas têm tentado e temos que continuar insistindo nisso. Em algum momento, essa oportunidade precisa ser traduzida em gol”, completou.
Sobre o confronto, Daniel citou as dificuldades do Sport em encaixar o jogo na primeira etapa e lamentou que, mesmo com o crescimento na reta final, o time mais uma vez saiu de campo apenas com um empate. O 11º no Brasileirão, sendo o clube com mais resultados de igualdade.
“O jogo no primeiro tempo ficou bastante travado. A gente não conseguiu vencer a primeira marcação da equipe do Ceará, principalmente na hora da organização ofensiva. Não conseguimos fazer a bola chegar ao terço final do campo com mais qualidade, tendo melhores finalizações”, iniciou.
“No segundo tempo, apesar da ideia ser sempre manter uma postura agressiva, a gente não traduziu isso para o campo. As trocas foram para dar um melhor passe, com a bola chegando com qualidade à frente. A equipe se encontrou melhor em campo, mas veio o gol em um contra-ataque, que era o forte deles. Criamos um volume ofensivo muito grande, com muitas oportunidades. Mais uma vez, em números, fomos superiores, como a gente foi diante do Atlético-MG. Tivemos muitas oportunidades claras, mas faltou mais competência, tranquilidade e eficiência para ter uma sorte melhor e vencer a partida”, finalizou.

