Esportes

Árbitro de vídeo custaria menos de 10% das bilheterias

Orçamento para o Brasileirão corresponde a 9,7% da arrecadação dos clubes e 3,5% do rendimento da CBF em 2017

Árbitro de vídeo Árbitro de vídeo  - Foto: Divulgação/FIFA

O custo para implementação do sistema de árbitro de vídeo no Brasileiro de 2018 representa menos de 10% da arrecadação total de bilheteria dos clubes da Série A em 2017. No ano passado, os 20 clubes da elite do futebol brasileiro arrecadaram cerca de R$ 207 milhões apenas com venda de ingressos no Nacional.

Segundo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o custo para que o árbitro de vídeo fosse adotado em todo o campeonato deste ano seria de R$ 20 milhões, o que representaria 9,7% da arrecadação dos clubes no ano passado. O valor arrecadado com venda de ingressos é apenas uma parcela do total que os clubes ganham na competição, já que as equipes ainda recebem direitos de transmissão do torneio e premiação.

Em votação realizada na sede da CBF na última segunda (6), os clubes da Série A do Brasileiro se recusaram a pagar pela implementação do sistema, alegando que não teriam dinheiro para tal.

A CBF, organizadora do campeonato, também se recusou a arcar com os custos do sistema. A confederação arrecadou mais R$ 563 milhões em 2016, segundo o último balanço apresentado pela entidade. Os R$ 20 milhões para implementação do sistema representariam apenas 3,5% da arrecadação anual da confederação.

O valor que a confederação teria de gastar para que o árbitro de vídeo fosse implementado no Brasileiro é menor que, por exemplo, os repasses feitos pela entidade às federações estaduais, que totalizaram R$ 26,3 milhões em 2016.

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O Brasil é o único entre os seis países autorizados pela Fifa para ser pioneiro na implementação do árbitro de vídeo no futebol que não conseguiu ainda colocar o uso da tecnologia em prática. Em junho de 2016, a entidade que controla o futebol mundial deu aval para as ligas da Austrália, Alemanha, Portugal, Holanda e EUA.

No ano passado, Marco Polo Del Nero, então presidente da CBF, ordenou que a tecnologia fosse implementada imediatamente após um gol de mão marcado pelo atacante Jô na vitória do Corinthians sobre o Vasco por 1x0, pelo Campeonato Brasileiro. A entidade chegou até a convocar 64 árbitros para treinamentos com a tecnologia em Águas de Lindoia (SP).

De acordo com a CBF, problemas técnicos foram a principal dificuldade para a aquisição de um equipamento que possibilitasse o replay imediato, tanto para a transmissão de TV quanto para a central do árbitro de vídeo. O aparelho não existe no País. A entidade também temia não conseguir implantar o sistema com a mesma eficiência nos dez jogos por rodada da Série A do Brasileiro.

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