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Árbitro paralisa jogo no Rio após gritos homofóbicos

No duelo Vasco 2x0 São Paulo, em São Januário, a cena deixou jogadores e o próprio técnico Vanderlei Luxemburgo constrangidos

Técnico do Vasco, Vanderlei LuxemburgoTécnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo - Foto: Rafael Ribeiro/Vasco da Gama/Divulgação

O árbitro Anderson Daronco paralisou o jogo entre Vasco e São Paulo por conta de gritos homofóbicos neste domingo (25) no estádio São Januário, no Rio de Janeiro. Os donos da casa venceram por 2x0 pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A cena deixou jogadores e o próprio técnico Vanderlei Luxemburgo constrangidos. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva determinou na última segunda (19) que atitudes homofóbicas em estádios poderão até retirar pontos das equipes. Os clubes receberam uma carta, assinada pelo procurador-geral Felipe Bevilacqua, apenas um aviso.

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Casos como esse podem ser enquadrados, segundo o procurador, no artigo 234-G do Código Disciplinar: "Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

Aos 19 minutos da etapa final, Daronco foi até o banco de reservas conversar com Luxemburgo. Aquela altura, a torcida do Vasco gritava 'time de veado'. Luxemburgo virou para arquibancadas e pediu para torcida parar com as ofensas. O jogador Pikachu fez o mesmo, e o locutor do estádio São Januário alertou: 'Não vamos gritar cantos homofóbicos para não prejudicar o Vasco'.

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