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Atletas estão satisfeitos com Mundial de Doha, afirma Sebastian Coe

O presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), Sebastian Coe, fez o balanço nesta quarta-feira (02) dos principais assuntos que cercam o Mundial de Atletismo

Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf)Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) - Foto: Giuseppe Cacace/AFP

A polêmica Salazar, a falta de público, o calor: o presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), Sebastian Coe, fez o balanço nesta quarta-feira (02) dos principais assuntos que cercam o Mundial de Doha, afirmando ter até agora a aprovação dos atletas.

O calor

"Está quente, mas nossa equipe médica está pronta. Os técnicos, os americanos da marcha atlética, por exemplo, me disseram que nunca participaram de uma competição na qual tanto trabalho foi feito para lidar com esse clima difícil. Vamos aos fatos: Temos instalações médicas que acho que nunca vimos igual em um Mundial, nem em Jogos Olímpicos. Ficaria surpresa se tivermos as mesmas instalações em Tóquio (Jogos de 2020). E cada atleta sério que está aqui se preparou especificamente para essas condições, foi esse o retorno que tive dos atletas."

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Público pequeno
"É claro que gostaríamos de ter mais público no estádio, mas há motivos simples que dificultaram. Mas o que realmente conta para mim é ter a aprovação dos atletas, dos técnicos e dos responsáveis das equipes em relação a nossa organização. Se tenho isso, fico satisfeito. Eu passei as últimas quatro noites na pista de aquecimento antes de cada sessão. Eu chego uma hora antes e converso com as equipes médicas, com os técnicos, os atletas e nenhum deles me fala disso. Vou ser um pouco duro, mas, na minha opinião, os atletas que se concentram nesses problemas externos não são os que ganham medalhas."

Alberto Salazar, técnico suspenso pela agência antidoping americana
"Isso não atrapalhou o campeonato. Talvez seja um problema para a imprensa, mas na verdade não é um assunto relevante para a maioria das pessoas que assistem ao Mundial. Isso tem um impacto sobre os atletas (do grupo de Salazar), mas a AIU (Unidade de Integridade do Atletismo, encarregada de investigar casos de doping e corrupção) esteve em contato com eles. Temos os sistemas para lidar com isso. Se tivesse acontecido há cinco ou seis anos, as pessoas não saberiam o que fazer.

As acusações trazidas pela Usada (Agência Antidoping Americana) são graves. Um técnico banido precisa romper todas as relações com seus atletas. Os técnicos e os atletas sempre precisam estar se questionando. Se você for treinado por alguém, você precisa estar absolutamente convencido que trabalha em um ambiente seguro e que não poderia arruinar sua reputação. Um atleta precisa se questionar se o que é feito em seu nome respeita as regras mais exigentes".

Falta de estrelas desde a aposentadoria de Usain Bolt
"Sentimos a falta de Bolt. Sua personalidade e sua presença fazem falta. Mas não acredito que seja viável no longo prazo um esporte depositar todas as suas fichas em um indivíduo. Reparem nos atletas que surgem nos 800 metros, no salto com vara e em outras disciplinas. É indiscutível que temos vários jovens talentos. Devemos então fazer um trabalho melhor para promovê-los? Com certeza.

Não queremos isolá-los dos outros, mas queremos criar um calendário melhor, ajudar os espectadores a entender as diferentes competições em diferentes períodos do ano. Você pode fazer todo o esforço do mundo para colocar alguém em evidência, mas não servirá de nada se não for em um sistema que dure no longo prazo. A reforma da Liga Diamante, as inovações que estamos trazendo aqui fazem parte desse processo."

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