Maradona

Áudios de médico de Maradona expõem uso de maconha e álcool após cirurgia

Ex-jogador gravou vídeo direcionado ao seu médico Leopoldo Luque, onde afirmava estar machucado, mas bem

Maradona ao lado do médico Leopoldo LuqueMaradona ao lado do médico Leopoldo Luque - Foto: Reprodução/Instagram

O mistério envolvendo a morte de Maradona ainda segue dando o que falar na Argentina. Nesta quarta-feira (3), foram divulgadas novas conversas do médico pessoal do ex-jogador, Leopoldo Luque, com outro colega de profissão, que também cuidava do astro. No diálogo, o profissional fala sobre o consumo de álcool e maconha por parte do ex-camisa 10, logo após o processo cirúrgico no cérebro, dias antes de sua morte.

Na troca de mensagens, três pessoas ligadas ao ídolo argentino são citadas. Monana (cozinheira de Maradona), Maxi Pomargo (secretário de Maradona e cunhado de seu advogado), além de Charly (marido de uma prima de Rocío Oliva, última namorada do craque). 

Leopoldo Luque é um dos principais investigados pelo Ministério Público Argentino pela morte de Maradona. O órgão tenta desvendar se houve algum tipo de negligência, imperícia e imprudência no óbito de El pibe de oro. 

Dias antes de sua morte, Maradona gravou um vídeo, reproduzido pela Cronica TV, direcionado ao seu médico pessoal, onde afirma estar machucado, mas bem (veja abaixo). O ex-camisa 10 havia recebido alta no dia 12 de fevereiro, e veio a falecer 13 dias mais tarde. 

Confira o diálogo, publicado pelo Infobae, da Argentina, e reproduzida pelo Globoesporte.com,  entre Luque e o outro médico:

Médico sem identificação: Tenho Monona que me conta as coisas, porque senão nunca vai descobrir. Ontem, exceto Monona e um segurança, estavam todos fumando. Hoje ele se levantou todo dolorido, sem descansar, com toda a ressaca em cima. Ontem à noite fumou, bebeu vinho com os compridos, não pode fazer tudo.

Médico sem identificação: A verdade é que não diferencio a dor do sono ruim. Já tem o hábito de fumar todos os dias, ele pede cigarro aos seguranças. Outro dia eu disse aos seguranças: “Quando ele falar isso, dê um charuto para ele.

Leopoldo Luque: Calma, fique calmo. Eu sei mais ou menos como lidar com ele. Eu disse a Maxi que, se houver uma autópsia, pule isso. O que menos vão responsabilizar é a parte de saúde, é uma questão do ambiente (em que Maradona está inserido). Nós não podemos contornar, podemos propor.

Leopoldo Luque: A maconha não causa dano a um determinado órgão para que eu suspeite disso. Posso supor, mas se não procuro, não analiso, sem o consentimento do paciente não tem uma forma. Do ponto de vista médico, não há nenhuma responsabilidade. Fica a cargo do paciente. Agora se procuram o paciente, se a polícia investiga e vê que há um determinado ambiente, vão atacar isso. Não é uma responsabilidade médica. Seria se eu desse maconha a ele, ele ficasse intoxicado e morresse. Aí sim, porque não foi bem supervisionado nem contido. Mas isso é algo ilegal, não tem nada a ver com algo médico.

Médico sem identificação: Quero escrever para você com a maior confiança. Não aguento mais a situação em que Charly dá maconha a Diego. Não sei o que fazer para parar. Quando ele estava dando a maconha, disse que se ele morresse eu que teria que dar a cara quando a maconha fosse indicada na autópsia.

Médico sem identificação: Como te disse, confio muito na Monona e no segurança que está agora. Eles me disseram que ontem Charly havia combinado de entrar com uma mulher durante a noite. Então para se livrar do Diego lhe deu cerveja e cigarro. Encontrei restos de maconha picada por toda parte e um cheiro na casa. O cara fazendo sexo na área de serviço e a Monona com o segurança, vendo que Diego não se levantava, não dormiram nada. Não queriam dormir para caso tivesse algum problema.

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