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Handebol

Campeão do Sul-Centro de Handebol masculino, Brasil foca no Pan de Santiago

Felipe Rêgo Barros, presidente da Confederação Brasileira de Handebol, vê o País com condições de brigar por vaga na Olimpíada de Paris, em 2024

Brasil vence Argentina no Sul-CentroBrasil vence Argentina no Sul-Centro - Foto: Ruas Midia / CBHb

Após o título do Torneio Sul-Centro de Handebol masculino, conquistado no último sábado (29), diante da Argentina, no Geraldão, no Recife, o Brasil já volta suas atenções para as próximas duas principais competições em 2023: o Mundial da modalidade, que acontecerá na Suécia e na Polônia, além do Pan-Americano de Santiago, no Chile. Essa segunda competição, inclusive, é a grande meta dos brasileiros em busca do sonho de alcançar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. 

"Nosso maior objetivo é conseguir a classificação para a Olimpíada e o melhor caminho é o Pan. Quem for medalha de ouro, consegue vaga direta. O Mundial tem seu peso, é importante e queremos melhorar nossa classificação no campeonato. Por isso, é necessário fazer uma boa competição. Porém, ele é o meio para elevar o time. O foco mesmo é no Pan", disse Felipe Rêgo Barros, presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).

O mandatário da confederação tem história no Handebol. Ex-atleta e treinador na modalidade, além de ser ex-diretor de esportes do Clube Português, Felipe destacou que as experiências no esporte o ajudam na missão de gerir a CBHb. "Fui atleta de handebol por muitos anos, além de técnico campeão brasileiro, com muitos títulos estaduais. Você aprende que o esporte amador no Brasil é muito difícil de fazer. Cada função que você faz, traz um legado. Todas as que tive no handebol foram importantes para formar o gestor que sou hoje. Um técnico e um atleta só ganha se estiver afinado com o grupo, assim como um presidente de confederação", destacou.

Por falar em gestão, Felipe também é ex-vice-presidente do Santa Cruz. Experiência que ele vê semelhanças com o cargo atual. "As dificuldades financeiras (do clube e da confederação) são bem parecidas. O handebol brasileiro tem ações que demandam um bom aporte financeiro. Para realizar um treinamento na Europa, precisa bancar hotel, delegação, comissão técnica, passagem aérea, corpo médico...e nem sempre temos condições. Precisamos buscar parceiros. Isso me lembrava um pouco a situação do Santa. Eu brinco que você precisa escolher o filho que morre todo dia. Você não tem 'dois dinheiros', somente um. Além disso, Santa e handebol são dois segmentos que os torcedores são apaixonados. Diria até que o handebol tem os adeptos mais apaixonados nas modalidades coletivas. Porém, estavam cansados dos escândalos, da estagnação que o esporte sofreu. A comunidade é bem exigente, assim como a torcida do Santa. Isso faz com que a gente tenha mais frieza nas decisões", observou.

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