Esportes

Campeão em 2004, Batata torce por fim do jejum do Náutico

Ex-zagueiro marcou até um gol no jogo que consagrou o último título conquistado pelo Náutico

Batata vestiu a camisa do Náutico entre 2003 e 2007Batata vestiu a camisa do Náutico entre 2003 e 2007 - Foto: Ivan Alecrim/Arquivo Folha

O cronômetro ainda marcava o primeiro minuto de jogo quando o zagueiro Batata aproveitou o cruzamento de Marco Antônio para fazer 1x0 Náutico diante do Santa Cruz, pela final do Campeonato Pernambucano de 2004. O resto é história. Jorge Henrique e Kuki completaram o placar de 3x0 no Arruda que deu ao Alvirrubro seu último título. Algumas temporadas depois, o defensor foi vestir a camisa do Central, uma de suas equipes antes de pendurar as chuteiras. Conhecendo bem os dois lados da decisão do Estadual deste domingo, na Arena de Pernambuco, o ex-jogador conversou com a Folha de Pernambuco e não ficou em cima do muro na hora de escolher um lado para torcer.

“Não tem como comparar. Passei seis meses no Central, fui bem tratado lá e todos me receberam bem. Mas foram quatro anos no Náutico e quero muito que o time seja campeão. Inclusive estou me programando para assistir ao jogo na Arena. Acompanhei o time no ano passado e deu para perceber que, com uma nova gestão, as coisas estão mudando agora. O clube tem uma estrutura que não deixa a desejar e, acabando com o jejum, pode crescer ainda mais”, afirmou o defensor.

Mesmo com a experiência de já ter no currículo títulos importantes em clubes como Corinthians e Atlético/MG, Batata, à época com 30 anos, revelou que a semana antes da final do Estadual foi marcada por um desfalque e “oba-oba” do rival.

“Para o segundo jogo, a gente tinha perdido Gil Baiano, sem falar que eles tinham vencido nos Aflitos por 1x0. Eu lembro que minha esposa estava em um elevador quando ouviu a mulher de um jogador do Santa Cruz falar que ia na manicure porque ‘mais tarde ia comemorar o título’. Todos falavam que íamos perder, mas sabíamos que poderíamos ganhar”, apontou, citando um momento antes de a bola rolar como crucial nessa reviravolta.

"Robertinho, auxiliar do técnico Zé Teodoro, foi decisivo para o grupo. Quando estávamos no túnel, ele chamou todos para o vestiário. Colocou colchonetes e mandou todos deitarem. Botou uma música, mandou a gente pensar na família e pegou peculiaridades de cada um. Isso nos incendiou", frisou.

Para a decisão do fim de semana, Batata alerta para o Náutico manter os pés no chão. “Mauro Fernandes (técnico do Central) é experiente e não será fácil ganhar. Mas eu já trabalhei com Roberto Fernandes (treinador do Náutico) como auxiliar e sei que ele está preparando bem o time. Os atletas podem escrever um capítulo importante na história do clube. Um feito para guardar para sempre. Eu já fiz minha história e espero que eles também consigam”.

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