Esportes

Canal de denúncias contra abusos será criado pelo COB

Iniciativa foi tomada após as acusações de abusos envolvendo ex-treinador de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes.

Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção masculina de ginásticaFernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção masculina de ginástica - Foto: Ricardo Bufolin/CBG

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) irá criar um canal de ouvidoria para acolher vítimas de abusos e investigar novas denúncias. A iniciativa foi tomada após as acusações de abuso sexual envolvendo o ex-treinador de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes. A informação foi dada pelo vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, em entrevista à TV Globo e confirmada pela reportagem.

"Dentro dos parâmetros que o COB tem feito de modernização de sua governança, vamos criar um canal que vai estar disponível no final de maio, aberto a todo o público. Através desta ouvidoria, qualquer um pode fazer uma denúncia", disse La Porta.

O ex-técnico de ginástica artística, Fernando de Carvalho Lopes, que está sendo acusado de abuso sexual por ginastas e ex-ginastas, foi afastado de qualquer atividade dentro do clube Mesc, no qual trabalhava. De acordo com a nota oficial do clube, inclusive, ele fazia atualmente funções administrativas. Fernando chegou a comandar a seleção brasileira masculina de ginástica, mas foi afastado às vésperas dos Jogos Rio-2016, quando aconteceu a primeira denúncia contra ele, que é réu em processo que corre em segredo de justiça há dois anos. 

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Segundo a reportagem apurou, a ideia é que este canal criado para evitar casos de abusos dentro do desporto já esteja no ar até o próximo dia 22. Ainda falta finalizar a redação jurídica do documento para que possa ser efetivamente colocado no ar.

Segundo La Porta declarou à TV Globo, além do caso do ex-treinador Fernando Lopes, o escândalo envolvendo a ginástica feminina americana também serviu de motivação para as mudanças de procedimento nas confederações e federações. "Casos como este nos Estados Unidos trazem para o esporte uma preocupação muito grande. Mas não só na ginástica que acontece, também ocorre em outros esportes. Foi bom no intuito de ligar o sinal de alerta, todos ficam mais atentos", afirmou La Porta.

A CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) também efetuou mudanças em seus procedimentos internos. No mês de março, a entidade assinou um Termo de Cooperação contra o Assédio Sexual e Abuso no Esporte com o Ministério Público do Trabalho.

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