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Futebol

CBF notifica o Ceará por cantos homofóbicos na partida contra o Vila Nova, na Arena Castelão

Entidade pediu providências do clube para apurar os fatos; Ceará realizava uma campanha contra a homofobia nos estádios no mesmo dia

Campanha da CBF contra homofobia nos estádiosCampanha da CBF contra homofobia nos estádios - Foto: Divulgação/CBF

Em partida válida pela 18ª rodada da Série B do campeonato Brasileiro, realizada no dia 19 de julho, foram registrados vídeos em que torcedores do Ceará entoaram insultos homofóbicos contra os jogadores e torcedores do Vila Nova e Fortaleza, seu rival. A denúncia foi feita pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) exigiu que o clube cearense apurasse os fatos, objetivando a identificação e punição dos infratores. A entidade também solicitou que toda a documentação referente apuração fosse encaminhada à mesma.

Estudo indica aumento de 76% em casos de homofobia no futebol do país

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou no dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, um relatório do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+. Segundo o trabalho, houve 76% mais casos de homofobia no futebol do Brasil (dentro e fora de campo) em 2022, na comparação com o ano anterior.

Segundo o Anuário do Observatório do Coletivo, foram registrados 74 episódios de preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+ no ano passado, ante 42 em 2021. Em 2020, quando teve início a pandemia da covid-19 e os campeonatos ficaram paralisados por tempo significativo, o relatório apontou 20 casos de homofobia.

"São casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol. Essa intolerância motivada por ódio e discriminação é profundamente violenta e deixa marcas profundas. Temos uma pesquisa de 2018 que indica que 62,5% dos LGBTQ+ brasileiros já pensaram em suicídio", comentou Onã Rudá, fundador do coletivo, em depoimento ao site da CBF.

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