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FUTEBOL

CBF prepara estudo sobre grama sintética para apresentar aos clubes do Campeonato Brasileiro

Assunto voltou à pauta após protesto de alguns dos principais jogadores em atividade no Brasil

Gramado da Arena da Baixada é sintéticoGramado da Arena da Baixada é sintético - Foto: José Tramonlin/Athletico-PR

O uso da grama sintética será pauta no próximo Conselho Técnico de Clubes, marcado para a próximo quarta-feira, na sede da CBF, 17 dias antes do início do Campeonato Brasileiro. O tema ganhou evidência após alguns dos principais jogadores em atividade no país — entre eles Neymar — fazerem um protesto em conjunto se manifestando de forma contrária à grama não natural.

Segundo os jogadores, o gramado sintético oferece um risco maior para sua integridade física. Diante disso, a CBF está preparando um estudo para ser apresentado durante o conselho. A ideia é apenas alimentar o debate com informações científicas, já que a entidade não participa das tomadas de decisão. Importante deixar claro que, mesmo que a pauta avance, não há chances de se tomar qualquer decisão que afete a temporada 2025.

— Eu acredito que (esse debate) vai ser feito. O presidente da comissão médica da CBF, o doutor Jorge Pagura, já está concluindo um estudo, ouvindo vários médicos. E também (incluindo) aquela informação científica, aquele julgamento científico daquilo que pode ser ruim para os atletas ou que pudesse trazer qualquer consequência — revelou o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues.

— Acreditamos que na reunião do conselho técnico esse estudo já esteja feito e o próprio doutor Jorge Pagura vai apresentar lá para os clubes. Antes, porém, tratando com cada médico de cada clube da Série A e da Série B.

O debate existe em todo o futebol. Culturalmente, os jogadores não gostam de atuar no gramado sintético. Algumas das grandes estrelas do futebol, como Lionel Messi, fazem contratos onde deixam registrado em cláusula que não jogam nestas superfícies.

A Fifa não usa campos de grama sintética nas competições administradas por ela. Porém, autoriza que ela seja utilizada em torneios continentais, nacionais e regionais. No Brasil, onde o uso é permitido, dois clubes da Série A contam com o piso artificial em seus estádios: Palmeiras e Botafogo. Já a NeoQuímica Arena, do Corinthians, possui gramado híbrido (onde cerca de 5% dele não é natural). Por fim, a Arena MRV, do Atlético-MG, está em processo de implementação.

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