Da pesca à seleção argentina: a trajetória de Flaco López, o artilheiro do Palmeiras
Atacante superou recusas no Boca e Independiente, brilhou no Lanús e tornou-se símbolo do alviverde antes de estrear pela Argentina
Nascido em Corrientes, no norte da Argentina, entre o calor e o som dos barcos que cruzam o rio Paraná, José Manuel “Flaco” López cresceu longe dos grandes centros, mas com um sonho que o guiou desde cedo: ser jogador de futebol. Filho de uma dona de casa e de um pescador, o atual atacante do Palmeiras percorreu um caminho de superação até alcançar a seleção argentina.
De acordo com o jornal português A Bola, rejeitado em testes por Boca Juniors e Independiente, encontrou espaço nas categorias de base do Lanús, onde amadureceu em silêncio. Sem oportunidades, aceitou um empréstimo modesto ao Colegiales de Tres Arroyos, na Liga Regional, longe dos holofotes da elite. Foi ali que se moldou o atacante de instinto apurado e mentalidade resiliente.
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Em 2021, voltou ao Lanús e rapidamente se firmou na primeira divisão. No ano seguinte, chamou a atenção do Palmeiras, que investiu 9,2 milhões de euros — à época, a maior contratação da história do clube. Sob o comando de Abel Ferreira, Flaco se transformou em peça-chave do ataque alviverde, conquistando o Brasileirão duas vezes, além da Supercopa e do Paulistão. Marcou gols decisivos contra rivais como Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, São Paulo, Santos e Corinthians.
Em 2025, o reconhecimento ganhou dimensão continental: com sete gols, é o artilheiro da atual edição da Libertadores e chegou a marcar duas vezes contra o River Plate, façanha rara para um jogador argentino atuando no Brasil.
O bom momento o levou à consagração: Lionel Scaloni o convocou para a seleção principal da Argentina. Na estreia, diante de Porto Rico, Flaco deu uma assistência para Mac Allister no terceiro gol da vitória por 6 a 0, deixando excelente impressão.

