Esportes
Daniel Paulista x Eduardo Baptista: quem leva a melhor?
Efetivado recentemente no Sport, Daniel Paulista estará frente a frente com o seu "mestre" Eduardo Baptista, amanhã
Na beira do gramado da Ilha do Retiro amanhã, no esperado duelo entre Sport e Ponte Preta, estarão não só dois treinadores da nova geração do futebol brasileiro, mas “mestre e aprendiz”. Em seu reencontro com a torcida leonina, Eduardo Baptista terá seu discípulo Daniel Paulista do outro lado do corner. Engatinhando ainda na profissão, aos 34 anos, Daniel fará apenas o terceiro jogo da carreira como técnico.
Efetivado há menos de 15 dias no cargo de comandante leonino, ele tem como tutor um nome mais “experiente”: Apesar dos 46 anos, Baptista “nasceu” no Leão há apenas dois. Em fevereiro de 2014, a dificuldade na procura por nomes para substituir o demitido Geninho fez o presidente João Humberto Martorelli adotar uma solução caseira e promover o então “filho de Nelsinho Baptista” para técnico do time principal.
Conhecidos desde 2008, quando foram campeões da Copa do Brasil, com Daniel ainda como jogador e Baptista na função de preparador físico, as trajetórias desses dois personagens voltaram a se cruzar em agosto de 2014. Recém-aposentado como atleta, Paulista foi acolhido pelo Rubro-negro para ser auxiliar-técnico do hoje treinador da Ponte Preta. E, a partir daí, nasce a relação entre “mestre e aprendiz”.
Acumulando experiências e conselhos durante anos de estrada ao lado do pai Nelsinho, Eduardo começava a se consolidar no Sport, fazendo uma campanha segura no Brasileirão 2014. Enquanto isso, a dupla foi criando um forte laço de amizade e cumplicidade, visível entre os dois. Essa sintonia só foi rompida profissionalmente em setembro do ano passado, quando Eduardo aceitou uma proposta do Fluminense e deixou o Leão.
Os ensinamentos, contudo, ficaram. Prova disso é que no último dia 13, Daniel assumiu o comando do Rubro-negro. Assim como Eduardo, o seu aprendiz trabalha com o mesmo esquema, utilizando dois homens de marcação, três na armação e um homem de referência, numa movimentação ofensiva muito semelhante. Sem a bola, a equipe forma duas linhas de quatro de difícil penetração, exigindo o máximo de compactação, com ajuda dos homens da frente e sincronia nas movimentações em bloco. “Vou ser eternamente grato a Eduardo (Baptista) por ter me acolhido aqui no Sport. Nos falamos por telefone vez por outra. Essa amizade vai durar para sempre”, comentou Daniel, em entrevista ao site Globoesporte.com.
Na semana passada, o goleiro Magrão já havia revelado que os estilos dos dois são muito parecidos. Ontem, o lateral-esquerdo Renê reiterou o que foi dito pelo paredão leonino. “Eles são muito parecidos sim, não só na parte tática, mas na forma de passar confiança aos jogadores. Porém, espero que nesse reencontro de quinta-feira (amanhã) Daniel possa levar a melhor”, falou Renê, aos risos.