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Diverso, encerramento da Paralimpíada mistura ritmos, sons e luzes

A cerimônia aconteceu no Maracanã e teve protesto contra o presidente Michel Temer

Filme "O Sono da Morte"Filme "O Sono da Morte" - Foto: Divulgação

Para a abalada autoestima do brasileiro em tempos de crise econômica, uma honraria anunciada pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, durante a festa de encerramento dos Jogos Paraolímpicos do Rio, na noite do último domingo (18), foi para lavar a alma: uma medalha paraolímpica de mérito ao povo que fez os jogos serem um sucesso. É a mais alta homenagem que o órgão pode oferecer.

"Obrigado Rio, cidade maravilhosa, coração do meu Brasil", cantarolou Craven, em um discurso repleto de elogios à organização dos jogos e aos brasileiros. Em um evento que começou tão desacreditado, receber o afago parece ter tocado o público que lotou o Maracanã.

E o espetáculo, cujo sobrenome era diversidade, foi ao encontro de sua essência, uma mistura de ritmos, de sons, de luzes, de efeitos e de pessoas de todos os tipos e origens. Tudo simples como um forró pé de serra no quintal, com toques de elegância e beleza lírica.

O momento de homenagem aos voluntários, mesmo que esperado e sem efeitos pirotécnicos, ganhou contornos muito brasileiros. Os espectadores aplaudiram efusivamente o grupo, tornando o agradecimento, de fato, caloroso.

Uma outra homenagem também foi representativa, à família do atleta iraniano Bahman Golbarnezhad, 48, que se acidentou e morreu no final de uma prova do ciclismo no sábado (17), a primeira morte já registrada em Jogos Paraolímpicos. O presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Nuzman, leu as palavras de pesar.

O presidente do comitê internacional também fez uma fala em homenagem ao iraniano e imagens do velocista foram exibidas no telão, seguidas de alguns momentos de silêncio.

POLÍTICA
Embora não tenha aparecido na festa, uma vez que foi vaiado no começo dela, no último dia 7, o presidente Michel Temer não foi poupado, mais uma vez, de receber protesto. Um músico da banda Nação Zumbi, Lúcio Maia, exibiu a inscrição "Fora Temer", em sua guitarra, causando saia justa no protocolo.

Quem apareceu também não foi poupado. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao entregar a bandeira paraolímpica a uma autoridade japonesa dos próximos jogos, Whang Youn Dai [o Japão vai sediar a Paraolimpíada de 2020], recebeu sonoras vaias.

Em sua apresentação, o país oriental exibiu uma Tóquio cosmopolita e tecnológica também na representação da inclusão e da pessoa com deficiência, com próteses supermodernas e exibições cheias de movimentos e desafiadoras para quem possui limitações físicas ou sensoriais.

SEM GAFE
A resposta da organização das cerimônias paraolímpicas para a gafe da ausência de libras e de legendas para o público com deficiência auditiva no evento de abertura veio em grande estilo, no encerramento: o primeiro momento da festa foi com um batuqueiro, mestre Batman, cobrando inclusão para todos, usando a língua brasileira de sinais.

Legendas grandes foram exibidas no telão durante todo o espetáculo traduzindo as falas da narradora do espetáculo e das autoridades, conforme a Folha de S.Paulo havia antecipado. De resto, foi "paz", "poeira" e "tira o pé do chão", desafio para cadeirantes, entoados pela cantora baiana Ivete Sangalo, que fez o público da festa sacudir o estádio.Para a abalada autoestima do brasileiro em tempos de crise econômica, uma honraria anunciada pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, durante a festa de encerramento dos Jogos Paraolímpicos do Rio, na noite do último domingo (18), foi para lavar a alma: uma medalha paraolímpica de mérito ao povo que fez os jogos serem um sucesso. É a mais alta homenagem que o órgão pode oferecer.

"Obrigado Rio, cidade maravilhosa, coração do meu Brasil", cantarolou Craven, em um discurso repleto de elogios à organização dos jogos e aos brasileiros. Em um evento que começou tão desacreditado, receber o afago parece ter tocado o público que lotou o Maracanã.

E o espetáculo, cujo sobrenome era diversidade, foi ao encontro de sua essência, uma mistura de ritmos, de sons, de luzes, de efeitos e de pessoas de todos os tipos e origens. Tudo simples como um forró pé de serra no quintal, com toques de elegância e beleza lírica.

O momento de homenagem aos voluntários, mesmo que esperado e sem efeitos pirotécnicos, ganhou contornos muito brasileiros. Os espectadores aplaudiram efusivamente o grupo, tornando o agradecimento, de fato, caloroso.

Uma outra homenagem também foi representativa, à família do atleta iraniano Bahman Golbarnezhad, 48, que se acidentou e morreu no final de uma prova do ciclismo no sábado (17), a primeira morte já registrada em Jogos Paraolímpicos. O presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Nuzman, leu as palavras de pesar.

O presidente do comitê internacional também fez uma fala em homenagem ao iraniano e imagens do velocista foram exibidas no telão, seguidas de alguns momentos de silêncio.

POLÍTICA
Embora não tenha aparecido na festa, uma vez que foi vaiado no começo dela, no último dia 7, o presidente Michel Temer não foi poupado, mais uma vez, de receber protesto. Um músico da banda Nação Zumbi, Lúcio Maia, exibiu a inscrição "Fora Temer", em sua guitarra, causando saia justa no protocolo.

Quem apareceu também não foi poupado. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao entregar a bandeira paraolímpica a uma autoridade japonesa dos próximos jogos, Whang Youn Dai [o Japão vai sediar a Paraolimpíada de 2020], recebeu sonoras vaias.

Em sua apresentação, o país oriental exibiu uma Tóquio cosmopolita e tecnológica também na representação da inclusão e da pessoa com deficiência, com próteses supermodernas e exibições cheias de movimentos e desafiadoras para quem possui limitações físicas ou sensoriais.

SEM GAFE
A resposta da organização das cerimônias paraolímpicas para a gafe da ausência de libras e de legendas para o público com deficiência auditiva no evento de abertura veio em grande estilo, no encerramento: o primeiro momento da festa foi com um batuqueiro, mestre Batman, cobrando inclusão para todos, usando a língua brasileira de sinais.

Legendas grandes foram exibidas no telão durante todo o espetáculo traduzindo as falas da narradora do espetáculo e das autoridades, conforme a Folha de S.Paulo havia antecipado. De resto, foi "paz", "poeira" e "tira o pé do chão", desafio para cadeirantes, entoados pela cantora baiana Ivete Sangalo, que fez o público da festa sacudir o estádio.

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