Grafite: aposentadoria adiada e planos de dirigente
Veterano atacante quer definir com o presidente que for eleito a sua permanência ou não no Santa Cruz em 2018
Aposentadoria adiada. Depois de cogitar pendurar as chuteiras no fim deste ano, o atacante Grafite decidiu que vai continuar jogando em 2018. O seu plano para o futuro é virar dirigente de futebol, mas agora o seu desejo é permanecer pisando nos gramados. Em fim de contrato com o Santa Cruz, ele espera a eleição presidencial, no dia 5 de dezembro, para resolver se renova seu vínculo com o Tricolor ou traça um novo destino na carreira.
“Vou atuar no próximo ano. Constantino Júnior (vice-presidente) disse que eu poderia decidir o que faria. Falei para ele que iria esperar passar a eleição para conversar. Ainda não sei se fico ou não no clube”, revelou o camisa 23 em conversa com a reportagem da Folha de Pernambuco.
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A história de Grafite no futebol é longa. Ele jogou em grandes clubes brasileiros, como Grêmio, Goiás, São Paulo e Atlético/PR. Fora do país, também fez sucesso. Defendeu o Le Mans (França), Wolfsburg (Alemanha), Al Ahli (Emirados Árabes) e Al-Sadd (Catar). Seu auge foi em 2010, quando esteve na Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Após duas passagens no Santa Cruz em 2001 e 2002, Grafite foi repatriado em 2015. Antes, passou nove temporadas fora do Brasil. Chegou durante a Série B e conseguiu conquistar o acesso à elite. Sua recepção foi calorosa. Mais de sete mil tricolores deliraram quando ele desembarcou de helicóptero no estádio e teve uma apresentação em moldes europeus. No ano seguinte, sagrou-se campeão pernambucano e da Copa do Nordeste, mas no segundo semestre acumulou uma queda à Segunda Divisão. Porém, terminou como artilheiro do time, com 24 gols, 14 deles no Brasileiro, em 56 jogos.
Este ano, o atacante voltou para o clube para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B depois de atuações apagadas no Atlético/PR, onde marcou apenas um gol e viveu o maior jejum da carreira (seis meses sem marcar). No terceiro retorno ao Tricolor, acabou sendo rebaixado à Série C e balançou as redes só três vezes em 15 jogos. Na reta final da competição, amargou a reserva e teve um 2017 melancólico.