Judô

Judô brasileiro falha em grande competição na abertura do ano olímpico

Na primeira grande competição do ano, o Masters de Doha, encerrado nesta quarta-feira (13), os atletas do país ficaram bem abaixo das expectativas

Rafael SilvaRafael Silva - Foto: Reprodução/Site da CBJ

Se o ano de 2020 terminou com a manutenção da suspensão por doping de Rafaela Silva e a confirmação de que ela não poderá participar da Olimpíada de Tóquio, 2021 começou tão desanimador quanto para o judô brasileiro. Na primeira grande competição do ano (e uma das mais importantes na preparação olímpica), o Masters de Doha, encerrado nesta quarta-feira (13), os atletas do país ficaram bem abaixo das expectativas. Dos 18 enviados para a disputa, apenas 3 ganharam ao menos uma luta. Nenhum deles chegou ao pódio.

Além da ausência de Rafaela Silva, o time brasileiro esteve desfalcado de sua principal aposta de medalha no Japão. A bicampeã mundial e duas vezes medalhista olímpica Mayra Aguiar, quinta colocada no ranking da categoria até 78 kg, sofreu lesão no joelho em setembro, passou por cirurgia e ainda se recupera. Sem as duas, o Brasil contou principamente com seus quatro representantes dos pesados –Maria Suelen Altheman, Beatriz Ferreira, Rafael Silva e David Moura, todos entre os dez primeiros do ranking mundial–, dos quais somente um em cada gênero poderá estar em Tóquio.

No Qatar, David e Bia, atrás na corrida olímpica, obtiveram os melhores resultados. Ao menos foram à repescagem para tentar disputar o bronze, mas acabaram eliminados. Rafael e Maria Suelen caíram em suas estreias. Quem também avançou uma rodada foi Daniel Cargnin (até 66 kg), sexto colocado do ranking mundial e superado pelo coreano Baul An, campeão do evento. O Masters, que vale 1.800 pontos e reúne até 36 atletas mais bem colocados no ranking de cada categoria, normalmente ocorre no fim do ano.

Com protocolo de testagens e uso obrigatório de máscaras fora dos tatames, as competições internacionais de judô voltaram no segundo semestre de 2020, após a paralisação causada pela pandemia de Covid-19. Os esportes de contato estiveram entre os principais afetados pelos riscos de contaminação, o que esvaziou o calendários nos últimos meses. O COB (Comitê Olímpico do Brasil) bancou a ida de judocas do país a Portugal numa tentativa de facilitar as condições de treinamento.

Já para este primeiro semestre, mesmo com a aceleração da pandemia em muitos países, a federação internacional anunciou uma agenda cheia, com direito a um Campeonato Mundial em junho (2.000 pontos em disputa). Os rankings olímpicos fecham em 28 de junho, e os Jogos estão previstos para começar em 23 de julho. Atualmente, o Brasil tem judocas dentro da faixa de classificação olímpica em 13 das 14 categorias –com exceção da até 57 kg feminina, em que contava com Rafaela Silva. Ketelyn Nascimento e Jéssica Pereira correm atrás de pontos para a vaga.

Obter vitórias é de fundamental importância para todos, seja para se manter dentro desse grupo ou, preferencialmente, ficar entre os oito primeiros e se garantir como cabeça de chave no Japão. O desempenho bem abaixo das expectativas no Qatar, porém, reforça a preocupação com a preparação do Brasil no ciclo olímpico. Após ganhar cinco medalhas no Mundial de 2017, em 2018 e 2019 o país obteve um bronze em cada edição, com Erika Miranda (já aposentada) e Mayra Aguiar, respectivamente.

Outras duas medalhas de bronze obtidas na última edição, a individual de Rafaela Silva e a por equipes, com a participação da campeã olímpica, foram retiradas por causa da sua suspensão. O caminho nos próximos meses, se não houver novos cancelamentos de eventos, pelo menos dará possibilidades de evolução, com a realização de cinco Grand Slams (1.000 pontos) e do Mundial de Budapeste.

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