Juiz espanhol aceita denúncia para julgar Neymar por fraude fiscal
Além de Neymar e o pai, responderão criminalmente o presidente do Barcelona, Josep Bartomeu, e o ex-presidente do clube catalão, Sandro Rosell
Um mês depois de o Ministério Público Espanhol pedir a reabertura do caso contra Neymar, o pai do jogador e ex-dirigentes do Barcelona por supostos delitos de corrupção e fraude fiscal que teriam prejudicado o fundo DIS, o juiz José de la Mata aceitou o pedido.
Além de Neymar e o pai, responderão criminalmente o presidente do Barcelona, Josep Bartomeu, e o ex-presidente do clube catalão, Sandro Rosell (que presidia o Barça na época da contratação de Neymar).
O juiz espanhol propôs que sejam julgados por delitos relacionados à transferência de Neymar para o Barcelona. O próprio clube também deve ser julgado. Em julho, o mesmo juiz havia decidido por arquivar o processo, mas a DIS, que se considerou lesada com a transferência do brasileiro, abriu uma queixa-crime junto ao órgão federal em Madri. Agora, José de la Mata decidiu reabrir o caso. Conforme decidiu a Justiça espanhola, a família de Neymar não cometeu crime ao negociar com o Barcelona pelo menos dois anos antes do acerto definitivo (em 2013). Isso porque o então presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira, assinou um documento autorizando a família do jogador a negociar com o clube espanhol.
O Tribunal, portanto, considerou que havia consentimento do Santos quanto aos contatos feitos por Neymar e Barcelona durante todo o processo. Por essa razão, o processo na esfera criminal foi arquivado. No entanto, o Tribunal espanhol manteve o processo na esfera cível movido pela DIS por conta da incompatibilidade nos valores envolvidos na transação.