Esportes

Liga das Nações: com Leal, Brasil estreia nesta sexta

Vestindo a camisa brasileira pela primeira vez, cubano é a atração do confronto contra os Estados Unidos, às 12h30

Leal está vestindo pela primeira vez as cores da seleção brasileiraLeal está vestindo pela primeira vez as cores da seleção brasileira - Foto: Divulgação CBV

A seleção brasileira masculina de vôlei estreia na edição 2019 na Liga das Nações nesta sexta-feira (31). A equipe compõe o Grupo 3 da primeira semana da Fase Classificatória, que tem como sede a cidade de Katowice, na Polônia. Os primeiros adversários são os norte-americanos, em partida marcada para as 12h30 (horário de Brasília), com transmissão do canal SporTV 2. A partida reedita a disputa pelo terceiro lugar da Liga de 2018, quando os Estados Unidos venceram por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 28/26 e 28/26. Completam o Grupo 3 a Austrália, adversária deste sábado (1º), às 9h, e a anfitriã Polônia, com quem o Brasil joga no domingo (2), às 12h.

Embora a Liga das Nações não seja o grande evento do ano, existe uma expectativa de críticos e, principalmente do público, para ver a seleção em quadra. Esse interesse tem nome e sobrenome: Yoandy Leal. Natural de Havana, em Cuba, o ponteiro de 30 anos é considerado atualmente um dos melhores do mundo em sua posição. Naturalizado brasileiro em 2017, ele teve de aguardar dois anos para poder vestir a camisa verde-amarela. O prazo da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) encerrou neste ano e o técnico Renan Dal Zotto não teve dúvidas em convoca-lo.

Leal surgiu no cenário internacional durante o Mundial de 2010, sendo um dos destaques da nova e promissora geração cubana. Foi vice-campeão daquele torneio, perdendo a final justamente para o Brasil. Como Cuba não tem um campeonato nacional de relevância e impede seus atletas de atuarem em clubes de outros países, Leal e outros garotos optaram por deixar a terra natal, mesmo sabendo que não poderiam mais defender sua seleção. Em 2012, Leal estreou pelo Sada Cruzeiro/MG, time do qual virou referência. Foi o rosto de uma hegemonia histórica no vôlei nacional.

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No Sada Cruzeiro, foi pentacampeão da Superliga brasileira e tri do Mundial de Clubes. Neste ano, se transferiu para o Lube Civitanova, da Itália, junto com o também cubano e companheiro de Cruzeiro, Simon. A equipe é a mesma do levantador Bruninho, e recentemente foi campeã da Champions League. Ovacionado pelos brasileiros, Leal entrou com o pedido de naturalização em 2015, mas só teve a liberação da Confederação Cubana em 2017. Agora, não esconde a ansiedade em poder estrear pela seleção brasileira, que nunca antes havia convocado um atleta naturalizado.

Esse ineditismo, por sinal, acabou dando corpo a polêmicas entre alguns jogadores nacionais, como o ponteiro Lipe, que, na época do pedido de naturalização de Leal, chegou a falar que o Brasil tinha talentos suficientes para não precisar de “atletas de fora”. A maioria do elenco, no entanto, não só é favorável à presença do cubano, como o recebe de braços abertos. Nesta primeira semana da Liga das Nações, Leal disputará posição com Lucarelli, Douglas Souza e Lucas Lóh. É grande a possibilidade de ele atuar como titular ao lado de Lucarelli.

O grupo que estreia na Polônia conta ainda com os levantadores Fernando Cachopa e Thiaguinho; os opostos Wallace e Alan; os centrais Lucão, Maurício Souza, Isac e Flávio; e os líberos Thales e Maique. Cachopa, Wallace e Isac, inclusive, foram companheiros de Leal na época do Sada Cruzeiro.

Cubanos pelo mundo
Além de Leal, outros cubanos também optaram pela naturalização para crescer no esporte. Osmany Juantorena, de 33 anos, é um dos mais antigos. Ele optou pela Itália, tendo sido vice-campeão olímpico em 2016. Atualmente, joga ao lado de Leal no Lube Civitanova. Já o jovem Wilfredo León, de 25, visto como um dos ponteiros mais promissores da nova geração, escolheu a Polônia. Atleta do Perugia, da Itália, ele poderá defender a Polônia a partir do próximo ano. Com as presenças de León e Leal, Polônia e Brasil, que já são equipes de referência, elevam ainda mais seu patamar entre as potências do vôlei mundial.


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