Ligas Europeias contestam decisão da Uefa de 'priorizar' clubes grandes na Champions
A entidade que rege o futebol europeu garantiu quatro vagas diretas na fase de grupos para Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra nas edições da Champions League entre 2018 e 2021
A decisão da Uefa de assegurar quatro vagas diretas na fase de grupos para Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra nas edições da Champions League entre 2018 e 2021 gerou indignação na Associação das Ligas Europeias (EPFL). A reunião da entidade foi nesta quarta-feira (5) e acusou a organização que rege o futebol europeu de quebrar um acordo.
"É por isso que nós estamos reagindo como agora. Eles (Uefa) estão acertando todas as condições para uma liga privada e fechada no futuro. Em minha opinião, a Uefa forçou a EPFL a agir, porque a Uefa quebrou o acordo. Nós não fomos todos consultados. O processo não apenas foi errado como foi demorado. Nós temos que chegar a uma conclusão breve e justa para a melhor solução do futebol europeu e que possa apenas ser feita através de conversa entre as partes", disse Lars-Christer Olsson, presidente da associação.
O Chefe executivo da liga escocesa, Neil Doncaster, declarou que seu país será seriamente prejudicado com a mudança. "Isso ameaça o futuro do alto nível do futebol. É importante ser um clube campeão doméstico - isso é o mesmo pela Europa. É sobre acessar o mais alto do futebol competitivo europeu com os outros campeões do futebol europeu. Remova isso, e você fundamentalmente remove o que é importante sobre ser um campeão em uma disputa doméstica. Você prejudicaria de forma irreversível as ligas domésticas de nível médio", analisou.
A vice-presidente do West Ham, Karren Brady, concordou com o discurso do escocês. "Competição e mérito são importantes. Quando você escolhe quem joga, você perde a integridade do esporte", disparou a dirigente.