Esportes

Náutico: reza reforçada para tentar o acesso

Corrente de fé pró-acesso do Timbu precisa ser forte, pois a conta para alcançar objetivo apertou

Marco AurélioMarco Aurélio - Foto: Úrsula Freire/Folha de Pernambuco

Engenheiros, físicos, matemáticos e... torcedores. Desse grupo, os três primeiros usam os cálculos como ferramenta de trabalho. O último, como artifício para manter as esperanças e provar, com mais do que palavras, que nada é impossível quando a “conta bate”. Na quinta posição, com 57 pontos, o Náutico ainda não jogou a toalha e segue confiante no acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Mas o Timbu sabe que não depende apenas de si para entrar no G4. Vencer os dois jogos finais, contra Tupi e Oeste, é obrigação. Torcer por tropeços de concorrentes diretos, como Avaí e Bahia, uma necessidade.

As estatísticas pesam contra - o time tem pouco mais de 15% de chances de subir. O futebol fora de casa, também. O abatimento após três derrotas seguidas como visitante é um fator psicológico que pode atrapalhar a confiança dos atletas. O técnico Givanildo Oliveira vai precisar mais do que nunca extrair o máximo dos seus comandados. Esse talvez seja o maior desafio.
Agora, tão importante co­mo vencer, é “secar”. Um olho no Timbu e outro no Tri­color de Aço e no Leão. Enquanto a matemática permitir, o Náutico acreditará.
A conta para o acesso apertou

Além de não poder mais errar na Série B, Alvirubro precisa ampliar torcida por tropeço dos concorrentes

O jogo contra o Avaí foi tratado, durante a semana passada, como uma final antecipada para o Náutico. Uma vitória colocaria o clube no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro, passando a depender apenas de si para conseguir o acesso. Eram 90 minutos que poderiam mudar a história do clube na competição. E mudaram, mas não para melhor. Com a derrota por 3x0, na Ressacada, os pernambucanos permaneceram na quinta posição, com 57 pontos. São três de diferença para o Bahia, quarto colocado.

Faltando dois jogos, os alvirrubros recorrerão novamente aos cálculos matemáticos.

Além disso, devem manter o “secador” ligado para que o sonho de voltar à elite do futebol nacional continue vivo. Antes, o time não podia errar. Agora, o dilema segue o mesmo, mas com o adicional ainda mais necessário da torcida pelo tropeço dos concorrentes.

Com o Atlético/GO já garantido na Série A 2017, mais cinco clubes brigam por três vagas. Em ordem decrescente de classificação estão Vasco (2º, com 97,3% chances de acesso), Avaí (3º, com 97,6%), Bahia (4º, com 83,9%), Náutico (5º, com 15,4%) e Londrina (6º, com 5,1%). Por mais que o tropeço em Santa Catarina tenha diminuído as chances de acesso do Timbu, a equipe pode voltar ao G4 já na próxima rodada.

O primeiro passo é óbvio. O Náutico precisa vencer o Tupi, sábado, fora de casa. Em caso de triunfo, o time chegaria aos 60 pontos. Para entrar no grupo dos quatro melhores, também seria preciso torcer pela derrota do Bahia diante do Bragantino, na Arena Fonte Nova - os pernambucanos ficariam na frente dos baianos por conta do número de vitórias. No outro jogo do dia, entre Londrina (5º) e Avaí (3º), o ideal seria um empate ou vitória do Leão. Isso impediria o crescimento do Tubarão na tabela, mas, em contrapartida, daria a classificação antecipada aos catarinenses. Neste caso, a briga do Timbu seria direta com o Tricolor de Aço.
Com essas combinações, o Náutico chegaria dependendo apenas de si na última rodada. Seria preciso apenas vencer o Oeste, em casa, para se assegurar no G4. Em caso de empate, o Timbu teria que torcer pela igualdade no placar entre Atlético/GO e Bahia, no Serra Dourada.

Outras combinações
Não é só o Bahia que pode perder uma vaga para o Náutico. O Timbu também pode “roubar” o espaço de Avaí ou Vasco. Mas aí o cenário é mais complicado. Para desbancar os cariocas, os pernambucanos precisariam vencer seus dois jogos finais e torcer pela derrota dos cariocas contra Criciúma e Ceará. Em relação ao time catarinense, o cálculo é o mesmo. Para o Timbu, 100% de aproveitamento. Para o Leão, 0% (tropeços contra Londrina e Brasil de Pelotas).

 

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