Esportes

No Recife, apito guarda memórias do milésimo gol de Pelé, que faz 50 anos

Emblemática peça integra acervo do Museu do Homem do Nordeste, localizado na Zona Norte da Capital pernambucana

Apito integra coleção do Muhne desde 2008Apito integra coleção do Muhne desde 2008 - Foto: Divulgação/Fundaj

Há 50 anos, Pelé comemorava o milésimo gol da carreira. À época, exatamente no dia 19 de novembro de 1969, o ex-atacante vestia a camisa do Santos e jogava pela 14ª rodada da Taça Roberto Gomes Pedrosa. Foi no estádio do Maracanã que uma cobrança de pênalti contra o Vasco virou o tento mais simbólico do Rei do Futebol, sendo ele o primeiro jogador a alcançar a marca em jogos oficiais. O que muitos não sabem é que uma parte importante desse acontecimento histórico veio parar no Recife

O juiz que assinalou a penalidade que ficou guardada na memória do esporte é nordestino. Trata-se do alagoano Manoel Amaro de Lima, falecido em 2009 e natural de Maceió. Enquanto o som do apito parava a partida, o pênalti era anunciado na voz do cronista esportivo Jota Soares, narrador da histórica partida. Foi com ele que ficou o apito do ex-árbitro, tendo repassado para o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), vinculado à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no ano de 2008.

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"Lembro que em 1969 foi algo sensacional e marcante. O curioso é que o apito foi parar justamente no Muhne. É uma das mais emblemáticas do acervo do Museu e já reúne 50 anos de história. Ele está em uma vitrine como parte da intervenção expográfica '40 Anos 40 Peças' como peça de destaque. Ser responsável pela memória do milésimo gol é uma honra para o Museu", destacou o Coordenador-Geral do Museu do Homem do Nordeste, Frederico Almeida.

Vasco e Santos empatavam em 1x1 aos 32 minutos do segundo tempo quando o árbitro Manoel Amaro viu Pelé ser caçado dentro da área pelo zagueiro do time adversário, Fernando. Sem pensar duas vezes, o juiz apontou o pênalti que acabou sendo convertido em gol pelo ex-atacante em cima do então goleiro Andrada.

Da marcação do pênalti até a cobrança de Pelé foram 2 minutos e 37 segundos. Enquanto o goleiro Andrada socava o gramado de raiva por ter tomado o gol histórico, o Rei do Futebol corria para pegar a bola de número mil. Ele foi cercado por dezenas de profissionais de imprensa, que invadiram o campo para fazer o registro. Os outros jogadores ficaram perfilados no meio do gramado a observar o grande momento. Por fim, o ex-atacante foi carregado com a bola no alto como se fosse o seu maior troféu.


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